Janja diz lutar por mais mulheres no governo, mas que demitir 'Faz parte'
A primeira-dama Janja disse que luta pela presença de mais mulheres no governo e discute com o Lula para aumentar a representatividade feminina, mas que demissões "fazem parte". As declarações foram dadas em entrevista ao jornal O Globo.
O que aconteceu
Janja disse que tem debates "fortes" com Lula para defender maior participação feminina. "Passamos os fins de semana a sós e conversamos muito. Às vezes, a gente tem umas discussões um pouco mais assim... fortes. Mas é isso. Faz parte", afirmou a primeira-dama.
É necessário discutir a participação feminina no Congresso. O Brasil está em penúltimo lugar na América Latina e no Caribe em número de mulheres no Parlamento. Isso é vergonhoso. Precisamos ter 50% de cadeiras. A cota de 30% (de candidaturas) não está adiantando. Janja, primeira-dama, em entrevista ao jornal O Globo
A primeira-dama disse que sabe de seus "limites" e não participa de reuniões presidenciais. Ela afirma, no entanto, que gosta de "saber das discussões" e estar "informada". "Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom."
Lula já demitiu três mulheres do alto escalão do governo. A ex-presidente da Caixa Rita Serrano foi a terceira mulher a ser substituída por um homem no governo. Anteriormente, o presidente já trocou Daniela Carneiro por Celso Sabino no Ministério do Turismo e Ana Moser por André Fufuca no Esporte.
Voto dos EUA contra resolução por fim de guerra em Israel "doeu", diz Janja. "Quando eu vi que foi uma mulher representante do governo americano que vetou a resolução do Brasil, fiquei muito triste. Ela veio ao Brasil em maio e conversamos muito. A gente ia fazer um evento em Nova York sobre mulheres, segurança e paz", afirmou a primeira-dama. O voto dos EUA foi dado pela embaixadora do país na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
EUA foram contra pausa humanitária em guerra
Com um veto dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar, no mês passado, a resolução costurada pelo Brasil e que propunha que uma pausa humanitária fosse estabelecida em Gaza para socorrer milhares de civis.
Na ocasião, o governo de Israel agradeceu os americanos pelo veto anunciado em Nova York e criticou o Conselho de Segurança da ONU por considerar apenas um caminho humanitário para a crise.
Durante o encontro, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, atacou o fato de o órgão estar "fixado apenas em corredores humanitários e ajuda".
"São causas nobres. Mas não são soluções para impedir proximo massacre do Hamas", acusou. "Este Conselho nem condenou o ataque do Hamas. Vocês não chegaram nem a um consenso nem sobre isso", atacou.
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