Chuva: Tarcísio lamenta mortes e diz que SP sofreu evento climático extremo

As mortes causadas pelo temporal foram registradas em São Paulo, Osasco, Santo André, Suzano e Limeira. Na capital, duas vítimas estavam em um carro que foi atingido por uma árvore. As outras quatro cidades registraram uma morte cada uma, também causadas por quedas de árvores e muros, segundo a Defesa Civil de São Paulo.

Moradores relatam nas redes sociais falta de luz em várias regiões da capital — que sofreu com ventos que ultrapassaram a velocidade de 100 km por hora. Os clientes fizeram reclamações em resposta a uma publicação da Enel, empresa responsável pela distribuição de energia, durante toda a madrugada.

A falta de energia em algumas regiões já dura mais de 18 horas, desde o início da tempestade, por voltas da 16h30. Há relatos de desabastecimento nos bairros de quase todas as regiões — como Ipiranga, Vila Mariana, Sumaré, Guarapiranga, Vila Aricanduva, Penha, Vila Alpina, Campo Limpo, Vila Santa Izabel, Butantã, Vila Sônia, Vila dos Remédios e na região de Borba Gato.

Outras cidades da região metropolitana também ficaram sem luz. Os comentários são de ao menos três municípios afetados: Osasco, Santo André e Carapicuíba. No interior, há relatos em Ibiúna e Sorocaba.

Há reclamação ainda de problemas com internet e telefonia na cidade de São Paulo. Na Vila Formosa, zona leste, moradores reclamam de não conseguir nem acionar a concessionária de energia.

Defesa Civil diz que chamados para chuvas passam de 2.000

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros dizem ter recebido mais de 2.000 chamados de quedas de árvores e ocorrências em 40 municípios do estado. Há registro de falta de água na zona leste de São Paulo — a Sabesp afirma que o temporal afetou instalações.

A Enel diz que temporal, com rajadas de vento e granizo, destruiu a rede de distribuição inteira em vários pontos da capital e não dá prazo para retomada dos serviços. As regiões mais afetadas, segundo a empresa, são as zonas sul e oeste. "A companhia reforçou as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle e está trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia para todos", afirmou a Enel, em nota.

Devido à complexidade do reparo e a necessidade de reconstrução de trechos da rede, o restabelecimento da energia se dará de forma gradual e, em alguns casos, pode levar mais tempo.
Trecho de nota da Enel

Semáforos sem funcionar e parques fechados

A Prefeitura de São Paulo informou que equipes da administração municipal trabalham desde o início do temporal para "restabelecer normalidade". Segundo a prefeitura, são 1.900 funcionários da limpeza divididos em 190 equipes, 1.470 agentes das subprefeituras, 40 equipes de iluminação pública e 24 de reparos em semáforos.

Dos 94 semáforos que estavam sem funcionar às 20h de sexta-feira, 77 voltar a operar na manhã deste sábado (4). A administração municipal confirmou que dos 618 chamados por falta de iluminação pública na sexta-feira, 523 haviam sido consertados até as 6h do sábado. Das 76 árvores que caíram, 43 haviam sido removidas.

As rajadas de vento chegaram a 104 km por hora em alguns pontos da cidade. "Por determinação do prefeito Ricardo Nunes, equipes das subprefeituras, da Defesa Civil e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em conjunto com a Enel, passaram a noite, a madrugada e estão nas ruas de todos os bairros da cidade para recuperação de áreas afetadas", disse a prefeitura.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) determinou o fechamento dos parques do Carmo, Nabuco, Santo Dias, Morumbi Sul, Vila dos Remédios, Guarapiranga, Aclimação, Previdência, Ibirapuera e Eucaliptos, os dois últimos administrados pela Urbia Parques. O fechamento está previsto para se encerrar após o restabelecimento das condições de segurança dos visitantes.

A situação de outros parques da cidade está sendo avaliada, segundo a pasta.