Flávio Bolsonaro diz que Dino vai ao STF 'se vingar da oposição'
O senador Flávio Bolsonaro criticou a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o STF e disse considerar a escolha um instrumento de vingança contra a oposição.
O que aconteceu
O senador declarou que Dino tem histórico de desrespeito ao Congresso Nacional. Integrantes da oposição usam o não comparecimento do ministro a convocações para ser questionado por parlamentares como base para criticá-lo.
Flávio reclamou que o Ministério da Justiça recebeu a mulher de um líder de facção com Dino a frente da pasta. Ele disse ainda que o indicado ao STF defende o direito ao aborto e a liberação de drogas — Dino, porém, já disse ser contra o abort" e defendeu "que a legislação não deve ser mexida". Afirmou também ser "contra as drogas como princípio" e que não vê hoje condições para descriminalizá-las.
O parlamentar estendeu às críticas a Lula, a quem criticou duramente. "Lula extrapolou na sua ignorância e no seu desrespeito com o Brasil ao enviar o nome de uma pessoa que reúne tudo de ruim, tudo que a política não deseja", disse hoje em um evento do PL para angariar apoio de idosos.
O senador disse que trabalha para a rejeição de Dino na sabatina no Senado. Caso aconteça, seria a primeira vez na história que uma escolha do presidente da República é derrubada. Governistas consideram impossível a hipótese de Dino não ser aprovado na sabatina.
Não inspira nenhuma confiança e vai para o Supremo para se vingar da oposição.
Flávio Bolsonaro
Relator minimiza oposição e vê Dino aprovado com mais de 50 votos
O relator da indicação de Dino, senador Weverton (PDT-MA), afirmou que apresentará um parecer favorável à nomeação à Corte.
Segundo o relator, Dino já começou a procurar os colegas — iniciando pela base do governo e, depois, falará com parlamentares da oposição. Hoje à noite, ele participa de um jantar com lideranças do governo.
Tenho convicção formada de já falar para toda a sociedade que irei apresentar um relatório falando dessa sua vida vitoriosa
Você acha que não teríamos 41 colegas senadores e senadoras para aprovar um colega seu e mandar para o Supremo? Vamos ter mais de 50.
Weverton (PDT-MA)
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