Oposição reúne assinaturas e ressuscita projeto para liberar armas

A oposição retomou a tentativa de aprovar um projeto que revoga o decreto do governo Lula que reduziu o acesso às armas. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) coletou assinaturas para a votação da urgência da proposta.

O que aconteceu

Caso a urgência seja aprovada em plenário, o projeto segue para votação na Câmara. A oposição está esperançosa porque conseguiu dois apoios importantes.

Líder de um bloco com 170 parlamentares —um terço dos votos da Câmara—, o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) assinou o pedido de urgência. Trata-se de um conglomerado de nove partidos, comandado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.

Além dele, a proposta foi apoiada pelo líder do PL, partido com 99 deputados, a maior bancada individual da Câmara. Altineu Côrtes (PL-RJ) assinou o documento e representa a sigla que mais trabalha pela revogação do decreto que limita o acesso às armas.

A urgência precisa de 257 votos para ser aprovada. Mas só as duas bancadas já bastam.

Deputado Rodolfo Nogueira reuniu assinaturas para votação da urgência de projeto de armas
Deputado Rodolfo Nogueira reuniu assinaturas para votação da urgência de projeto de armas Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Apesar do otimismo, a oposição considera pouco provável que o projeto seja votado neste ano. Faltam 11 dias para o Natal e há muitas pautas econômicas na agenda.

Uma eventual aprovação seria uma vitória política. As armas são uma pauta cara ao bolsonarismo. O projeto é de autoria do presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sanderson (PL-RS).

Esta é a segunda tentativa da oposição para aprovar o projeto. Na primeira votação da urgência, faltaram três votos.

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