Moro cita 'ataques' e 'cautela' ao falar sobre não declarar voto em Dino

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se defendeu de críticas após a votação que aprovou o ministro Flávio Dino, da pasta da Justiça e Segurança Pública, para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

O que aconteceu

"Não divulgar o voto na indicação de autoridades é uma prerrogativa do parlamentar", escreveu o senador em uma publicação no X (antigo Twitter). Ontem, Moro foi flagrado trocando mensagens sobre não abrir o seu voto em relação a Dino como um "instrumento de proteção contra retaliação".

"Não me surpreende o intensivo ataque daqueles que desejam ocupar o cargo que legitimamente conquistei nas urnas", afirmou. O senador responde na Justiça Eleitoral do Paraná a um processo que pode cassar o seu mandato; advogados do PL e do PT o acusam de irregularidades nas contas de pré-campanha.

Senador também coloca ameaças do PCC enquanto justificativa para "cautela" no cargo, "tudo de forma a preservar minha independência", disse Moro. Informações sobre um possível atentado a bomba feito pela facção contra autoridades de Brasília foram divulgadas esta semana.

"Nada disso, porém, contradiz a minha lisura e as bandeiras que sempre defendi e continuarei defendendo", escreveu. Moro citou seu voto favorável à derrubada dos vetos da desoneração da folha de pagamento e do marco temporal como exemplos.

Sou oposição e seguirei lutando contra esse Governo. Outras vitórias virão e serão crescentes.
Sergio Moro

Foto e Moro e Dino conversando repercutiu

Ontem, Moro e o ministro da Justiça foram fotografados rindo e conversando durante a sabatina que avaliou o nome de Dino para o STF e de Paulo Gonet para a PGR (Procuradoria-Geral da República). A foto repercutiu no mundo político —em especial na oposição ao governo Lula.

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Moro se defendeu de ataques e disse que faz oposição ao governo e que já criticou Dino. "Vossa Excelência me perguntou algo, eu achei graça e dei uma risada. Tiraram várias fotos. Já tá viralizando, como se isso representasse a minha posição", disse durante a sessão da CCJ.

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