Kennedy: Lula termina ano bem; não cobrar militares por 8/1 é ponto fraco
O primeiro ano do terceiro mandato de Lula tem como principal ponto negativo não ter cobrado a responsabilidade dos militares pelos atos golpistas de 8 de janeiro, afirmou Kennedy Alencar ao UOL News desta sexta (29).
O colunista afirma, no entanto, que, em linhas gerais, o saldo da gestão é positivo.
O balanço político de 2023 é muito positivo para Lula. Há um ano, tínhamos economia e políticas destruídas, além de acampamentos golpistas. Um ano depois, Lula salvou a democracia brasileira e recolocou o Brasil no rumo certo do ponto de vista econômico. Há muitos problemas e questões preocupantes, mas Lula reconectou o Brasil ao planeta.
A política externa tem um eixo ambiental. Há contradições, mas isso é debatido amplamente por nós todos.
Estamos discutindo políticas públicas, e não golden shower.
Lula priorizou o combate à desigualdade social e procurou, dentro da margem de manobra que tem, governar para os mais pobres. Do ponto de vista geral, Lula termina o ano muito bem.
Para Kennedy, "perdeu-se a oportunidade de enquadrar as Forças Armadas no papel que elas têm: bater continência para a vida civil".
[Foi negativo] Não ter pegado mais pesado com os militares e cobrado maior responsabilidade deles pelo que aconteceu. O ministro da Defesa José Múcio contemporizou demais com o golpismo e com a mentalidade golpista. O 8/1 vai entrar para a história do Brasil como uma infâmia, um dos momentos mais baixos da história republicana brasileira. É importante lembrar para não repetir. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Kupfer: Como Bolsonaro, Milei tenta tirar Argentina do concerto mundial
Após Javier Milei anunciar a retirada da Argentina do Brics, José Paulo Kupfer projeta um futuro negativo para o país vizinho no cenário internacional.
O colunista vê semelhanças entre a política externa do presidente argentino e a praticada pelo governo de Jair Bolsonaro.
A Argentina é muito mais dependente do Brasil do que o contrário. Quem perde mais com isso é a Argentina, com todas as maluquices de Milei, que não sei como conseguirá andar. O MIlei está tentando tirar a Argentina do concerto mundial, mais ou menos como Bolsonaro conseguiu tirar o Brasil do conjunto das relações com os outros países. José Paulo Kupfer, colunista do UOL
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