Conteúdo publicado há 5 meses

Lesa Pátria: PF mira financiadores do 8/1 um ano após invasões

A PF faz hoje uma operação contra financiadores do 8 de Janeiro, no dia em que os atos golpistas completam um ano.

O que aconteceu

A PF cumpre um mandado de prisão preventiva e 46 mandados de busca e apreensão. Os alvos estão no Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal. A maioria dos alvos de hoje é suspeita de financiar acampamentos e ônibus para o 8/1.

Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Segundo a PF, os valores dos danos causados ao patrimônio público podem chegar a R$ 40 milhões.

Deputados do PT dizem que a PF fará operações contra nomes de peso a partir deste mês. A maioria dos presos até agora são pessoas que invadiram os prédios do Planalto, Congresso e STF.

Os próximos alvos seriam financiadores, mentores e militares. Até o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve estar entre os alvos, avalia a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann.

Veja os mandados expedidos por estado

Prisão preventiva:

  • Bahia: 1

Busca e apreensão:

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  • Bahia: 2
  • Distrito Federal: 5
  • Goiás: 2
  • Maranhão: 4
  • Minas Gerais: 2
  • Mato Grosso: 10
  • Paraná: 1
  • Rondônia: 1
  • Rio Grande do Sul: 13
  • Santa Catarina: 2
  • São Paulo: 1
  • Tocantins: 3

Só um financiador do 8/1 foi denunciado

Em um ano, 1.413 pessoas foram denunciadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelos atos de 8 de janeiro. Do grupo, 248 participaram da invasão da Praça dos Três Poderes e 1.156 estavam no acampamento dos manifestantes, em Brasília. Também foram acusados 8 policiais militares do DF e um financiador.

O único denunciado como financiador é o empresário Pedro Luis Kurunczi, de Londrina (PR). Segundo a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República), ele fretou quatro ônibus ao custo de R$ 59,3 mil para levar 108 bolsonaristas à capital federal.

Dezenas de outros fretadores já foram identificados. Ainda em janeiro, dias após os atos, a AGU (Advocacia-Geral da União) processou 52 pessoas e 7 empresas que financiaram transporte para Brasília. Elas são alvos de um pedido de indenização por dano moral coletivo, mas Kurunczi é o único que responde na esfera criminal.

Mais financiadores são investigados. No grupo, há suspeitos de organizar vaquinhas para o acampamento em Brasília ou de fornecer água, comida, banheiro químico e trio elétrico para os manifestantes, mas até o momento nenhum foi acusado.

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