Conteúdo publicado há 10 meses

Assessor de Bolsonaro pede devolução de bens apreendidos em operação da PF

O assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro que teve bens apreendidos durante operação da PF (Polícia Federal) realizada nesta segunda-feira (29) pediu a devolução dos itens ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O que aconteceu

O pedido fala em "imediata e integral devolução" dos bens. A solicitação, feita pela defesa de Tércio Arnaud Tomaz, foi divulgada em comunicado à imprensa.

Apreensão foi classificada pela defesa do assessor como "inaceitável e inconcebível". O advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, que representa Tércio Arnaud Tomaz, diz que o cliente não tem qualquer tipo de relação com a operação.

A defesa ainda diz que "adotará todas as medidas judiciais cabíveis" devido à apreensão. O comunicado cita também uma "reparação por conta da forçosa e ilegal interrupção de suas atividades profissionais".

Os advogados do ex-presidente Bolsonaro também divulgaram uma nota em que criticam a operação da PF. "A defesa entende que houve um excesso no cumprimento da busca e apreensão, ao passo que foram apreendidos objetos pessoais de cidadãos diversos do vereador Carlos Bolsonaro, apenas pelo fato de estarem no endereço em que a busca foi realizada".

A defesa de Bolsonaro diz que os policiais tentaram "encontrar algo que pudesse comprometer a reputação ilibada do ex-presidente".

Entenda a operação

A PF fez buscas numa casa em Angra dos Reis (RJ) onde estão Carlos, os irmãos Eduardo e Flávio e Jair Bolsonaro. Também houve busca e apreensão na casa de Carlos, na Barra da Tijuca, e no seu gabinete na Câmara Municipal do Rio.

Outro alvo é Giancarlo Gomes Rodrigues, ex-assessor da Abin. A PF encontrou e apreendeu dez celulares na casa do militar.

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A PF investiga se aliados de Bolsonaro na Abin usaram, de forma indevida, outras ferramentas de espionagem, além do First Mile. O software permite o monitoramento de geolocalização de celulares em tempo real. Segundo a PF, o então diretor da agência, Alexandre Ramagem, teria utilizado sua posição para "incentivar e encobrir" o uso de um programa espião.

Família Bolsonaro disse não ter realizado atos de espionagem. O ex-presidente disse que a Abin paralela "jamais existiu" e elogiou Alexandre Ramagem durante uma live feita com seus filhos no domingo (28).

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