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Josias: Ato de Bolsonaro na Paulista não tem menor risco de dar certo

Com o avanço das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado e o cerco se fechando sobre Jair Bolsonaro, o ato de domingo em São Paulo não tem chance de dar certo para o ex-presidente, disse o colunista Josias de Souza no UOL News desta sexta (23), parafraseando o ex-deputado Luis Eduardo Magalhães.

Podendo oferecer uma boa defesa à Polícia Federal, Bolsonaro prefere esticar a corda e estimular a atenção na rua. Não tem o menor risco de dar certo essa manifestação na Paulista. Ainda que esteja cheia, não tem a menor importância do ponto de vista penal e criminal.

Bolsonaro disse que jamais saiu das quatro linhas da Constituição. Hoje, sabemos que esse espaço era um terreno baldio no qual ele jogava seu lixo ideológico. No domingo, se sair do quadrado criminal em que se encontra, Bolsonaro pode ser preso.

Esse ato não tem a menor serventia do ponto de vista criminal. Não resolve o problema do Bolsonaro. Josias de Souza, colunista do UOL

Para Josias, ao contrário do que Bolsonaro e seus apoiadores têm propagado, o ato de domingo na Paulista "não tem nada a ver com democracia".

Bolsonaro está flertando com o perigo. Há uma série de riscos que ele precisa evitar. Por exemplo: ele não pode convidar o Valdemar Costa Neto para o ato. Alexandre de Moraes proibiu que os investigados tenham contato.

É um ato que ocorre sob muitas limitações. Bolsonaro está pisando em ovos e, se sair do quadrado, corre efetivamente o risco de ser preso. Ele flutua em uma corda bamba e argumenta que é um ato em defesa do Estado Democrático de Direito. O mote é uma piada. Fica a impressão de que ele, não conseguindo se firmar como presidente e nem obtendo uma boa defesa, está tentando a sorte como humorista. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias: Tarcísio não se deu conta de que precisa se distanciar de Bolsonaro

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Ao confirmar presença no ato de Jair Bolsonaro na Paulista e se manter próximo ao ex-presidente, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) não percebeu que pode comprometer seu futuro político, analisou Josias de Souza.

Foge uma percepção óbvia ao Tarcísio: a investigação que corre contra Bolsonaro mudou de patamar. O estado criminal dele se deteriorou. O governador, que tem a ambição de se converter no herdeiro político do Bolsonaro, ainda não se deu conta de que precisa se distanciar dele. Tarcísio vai hospedar a radioatividade no Palácio dos Bandeirantes e corre o risco de sofrer as consequências dela. Josias de Souza, colunista do UOL

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