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Petista protocola requerimento para Bolsonaro explicar estadia em embaixada

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) protocolou um requerimento para convidar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a ser ouvido na Comissão de Relações Exteriores da Câmara após estadia de Bolsonaro em embaixada da Hungria, em Brasília.

O que aconteceu

O petista anunciou que requerimento foi protocolado nesta segunda-feira (25). Pedido ocorre poucas horas após imagens do político em embaixada da Hungria serem divulgadas pelo jornal The New York Times. "Apresentei um requerimento solicitando que Jair Bolsonaro, seja convidado a comparecer à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados", publicou nas redes sociais.

Chinaglia também quer que um convite seja feito ao embaixador Miklós Halmai. A ideia é que Miklós participe de uma mesa-redonda. O ex-presidente passou dois dias na embaixada da Hungria após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal e ser investigado por tentativa de golpe de Estado.

O parlamentar afirmou que o objetivo é Bolsonaro prestar esclarecimentos sobre sua estadia "provisória". Para Chinaglia, o episódio é "absolutamente incomum e sem precedentes em tempos normais".

O deputado argumentou ainda que a visita "não se tratou de uma mera formalidade ou de uma simples conversa com o embaixador". "Frente aos atos de 8 de janeiro de 2023 e a pronta ação da justiça brasileira, é imperioso, para a democracia do Brasil e para a justiça, que esse episódio preocupante seja devidamente esclarecido", destacou.

O pedido precisa ser aprovado pelo colegiado presidido pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS).

Bolsonaro foi à embaixada após entregar passaporte

Bolsonaro foi para embaixada húngara quatro dias após entregar passaporte à PF. Ele teria chegado ao local na noite de 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, acompanhado de dois seguranças, conforme o NYT.

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O ex-presidente foi recebido pelo embaixador. Imagens de câmeras de segurança mostram o presidente encontrando o embaixador Miklos Tamás Halmai.

Funcionários de embaixada foram orientados a não trabalharem presencialmente. No dia 14 de fevereiro, os funcionários que deveriam voltar ao prédio no dia seguinte ao feriado de Carnaval, foram orientados a passar o resto da semana trabalhando de casa. De acordo com a reportagem do NYT, ninguém foi informado sobre o motivo da orientação.

Bolsonaro e outras 19 pessoas ligadas a ele entregaram o documento à PF em 8 de fevereiro. A entrega foi feita por medida cautelar referente à operação que investiga o grupo que tentou dar um golpe Estado após as eleições.

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