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Ronilso: Lula 'precisa dar um basta' e ser coerente em relação à Venezuela

Lula deveria ser mais claro em seu posicionamento sobre a Venezuela e refletir sobre a relação que mantém com o governo de Nicolás Maduro, afirmou o colunista Ronilso Pacheco no UOL News desta quarta (27).

Há uma posição do Itamaraty com toda sua autonomia, mas isso não é algo que bate de frente com o Lula. Ele sabe que existe uma postura da diplomacia brasileira e precisa se posicionar com relação às inibições da democracia na Venezuela.

Espero que haja no Lula uma percepção, uma ficha que cai da traição de um amigo que precisa dar um basta neste tipo de relação e de confiança. O Brasil é um interlocutor importante, de protagonismo global. Lula está tentando alçar outros voos e dialogando quase de igual para igual com o chamado 'norte global'. Ronilso Pacheco, colunista do UOL

Pacheco elogiou a nota divulgada pelo Itamaraty, com a ressalva de que o governo Lula demorou para se posicionar sobre a questão eleitoral na Venezuela.

É outro momento e Lula é um interlocutor que quer uma incidência global maior. Ele precisa ter uma posição que seja mais coerente com o que todos falam. As denúncias e críticas em relação a Maduro são reincidentes.

Espero que realmente seja um despertar. É um posicionamento importante da diplomacia brasileira e que seja levado adiante. A democracia precisa estar acima desse tipo de relação. É uma nota acertada e tardia.

O Brasil não precisa se preocupar em se alinhar com críticos antigos da Venezuela. Precisa mostrar o quanto essa crítica é diferente, até para mostrar que o país, quando se posiciona desta forma, mostra o quão crítica é a situação. Ronilso Pacheco, colunista do UOL

O que aconteceu

O governo brasileiro manifestou sua preocupação com o processo eleitoral na Venezuela. Em comunicado, o Itamaraty questionou o impedimento do registro da candidatura de Corina Yoris, opositora do regime de Maduro.

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O governo de Maduro reagiu e disse que a declaração do Brasil "parece ter sido ditada" pelos Estados Unidos e que é "cinzenta e intervencionista".

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