OpiniãoPolítica

Sakamoto: Popularidade maior pode alavancar sonho presidencial de Leite

O crescimento da popularidade digital de Eduardo Leite (PSDB) em meio à tragédia no Rio Grande do Sul, como revela levamento da consultoria Quaest, pode impulsionar os planos do governador de se lançar como candidato à presidência da República em 2026, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta terça (21).

Todo político, em uma situação de catástrofe e tragédia, com exceção de figuras como Jair Bolsonaro, se fizer as coisas minimamente corretas e conforme o esperado por parte do eleitorado, coloca-se à disposição e mostra que está trabalhando, tem a tendência em crescer positivamente.

Com a tragédia, Leite acaba sendo catapultado e sobe por conta dessa visibilidade, embora seja criticado pelo que aconteceu com medidas ambientais durante seu governo. Mas ele está em evidência.

É claro que, com uma injeção com popularidade maior e a depender do que fizer na tragédia, pode ajudar a alavancar e tentar tirar da gaveta o sonho presidencial de Leite. Mas ainda é muito cedo. Ele precisa controlar bem as políticas que estão sendo implementadas no Estado para a reconstrução porque ele pode sair, no final de tudo, como herói ou vilão. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto fez uma ressalva sobre os resultados do levantamento, que leva em consideração avaliações feitas até 16 de maio - portanto, ainda sem o impacto da repercussão negativa de declarações polêmicas do governador sobre as inundações.

No dia 15, repercutiu muito negativamente uma declaração de Leite na qual ele disse estar preocupado se as doações ao Rio Grande do Sul poderiam criar problemas para a retomada do comércio local. Isso gerou uma onda muito negativa contra ele. Depois, vieram outras declarações consideradas desastradas, como ao falar que o governo tem outras questões além da agenda ambiental.

Leite é a principal figura política no meio desse processo da tragédia e ganhou visibilidade por fazer em parte a lição de casa, que é o que se espera de um governador nesse momento. Mas ee precisa tomar cuidado com as declarações, que vêm sendo muito criticadas. É preciso ver se, nos próximos levantamentos, isso não terá influenciado a popularidade dele e colocado em risco a imagem que conquistou. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Lei não deve vigiar expressões, mas refletir riqueza da língua, diz ex-juiz

Continua após a publicidade

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes acerta ao suspender leis que proíbem o uso e o ensino da linguagem neutra, disse o ex-juiz eleitoral Márlon Reis. Para o advogado, a decisão de Moraes apenas respeitou os princípios constitucionais e evitou um problema ainda maior.

Não é o Estado quem vai estabelecer esses tipos de diretrizes. Isso é o que decorre quando se analisa a Constituição. Lá não estipula uma caixa, um ambiente quadrado, fechado, 'puro', de expressão linguística. O que hoje pode ser chocante para alguns, amanhã pode ser um padrão. A língua é algo vivo e a lei deve refletir essa vida e riqueza de expressões culturais e filosóficas. Márlon Reis, ex-juiz eleitoral

Raquel Landim: José Dirceu está em busca da redenção nas urnas

Em meio à expectativa do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode extinguir sua pena por corrupção passiva na Lava Jato, José Dirceu almeja retomar a carreira política e se redimir nas urnas, analisou Raquel Landim A colunista vê uma tentativa do governo Lula em "reescrever a História" em relação às investigações da Lava Jato.

José Dirceu quer a redenção. Ele colocou isso de uma maneira muito clara quando esteve no Senado recentemente e não cruzou de lá para a Câmara dos Deputados de propósito. Dirceu atendeu a um convite do Senado para falar sobre a ditadura, mas já disse em várias conversas que só cruza para a Câmara quando tiver um mandato eletivo novamente. Ele quer essa redenção e essa resposta das urnas. Dirceu sente a necessidade de receber esse respaldo do voto e, com isso, voltar ali para dar esta resposta política. Raquel Landim, colunista do UOL

Continua após a publicidade

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes