Deputado empurra e manda revistar homem que gritou 'viva maconha' na Câmara
O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) partiu para cima e empurrou um homem que assistia à sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O parlamentar se irritou porque o cidadão havia gritado "viva a maconha".
O que aconteceu
Gilvan da Federal foi na direção do homem perguntando quem falou "viva a maconha". Diante da confirmação do autor da frase, o deputado colocou o dedo no peito do cidadão e questionou se ele portava maconha.
Um policial legislativo acompanhava a situação, e o parlamentar disse para revistar o homem. Avisou que se fosse encontrada droga, seria dada voz de prisão. O cidadão, em silêncio até aquele momento, reagiu balançando a bandeira do Brasil que Gilvan sempre carrega nos ombros.
O deputado levantou o tom de voz e empurrou o cidadão. "Você encostou em mim?", disse, irritado. O policia legislativo entrou no meio dos dois e acionou o rádio para chamar reforço.
Mesmo com as imagens mostrando o empurrão, Gilvan afirmou que não encostou no homem, ao qual se referiu como "vagabundo". Ele disse que apenas pediu para o cidadão ser revistado e reclamou que houve apologia ao crime.
O cidadão foi retirado da sala e levado para a sede da Polícia Legislativa. Ele foi liberado depois de conversar com os policiais. O UOL entrou em contato com ele, mas não houve retorno.
'Basta' de Lira não funciona
A Comissão de Direitos Humanos é palco de acalorados debates. Na semana passada, a deputado Luiza Erundina (PSOL-SP) passou mal durante uma sessão cheia de embates e foi parar na UTI.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que tomaria providências. "Não podemos mais continuar assistindo aos embates quase físicos que vêm ocorrendo na Casa e que desvirtuam o ambiente parlamentar", declarou.
Houve articulação para mudar o regimento. Havia uma expectativa de que a autoridade do presidente da Câmara colocasse fim às discussões, mas a esperança ruiu em uma semana.
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