Bolsonaristas têm direito a se manifestar, mas 'sem radicalismo', diz Múcio
O ministro da Defesa, José Múcio, defendeu a realização "sem radicalismo" da manifestação da oposição na Av. Paulista, em São Paulo, marcada para a tarde deste sábado, feriado de 7 de Setembro.
O que aconteceu
"Democracia pressupõe direito de ser contra, com respeito", declarou o ministro do governo Lula. Múcio disse não ver "problema" no evento que acontece em São Paulo. A fala do titular da Defesa ocorreu após o evento de 7 de Setembro, em que esteve ao lado do presidente Lula (PT), em Brasília.
Múcio ponderou que espera que seja "tranquilo, sem radicalismo, sem problema". "Dia da Independência tem que ser vitória da democracia", ressaltou.
Evento convocado pelo pastor Silas Malafaia pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. É esperada a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de parlamentares da oposição.
Alvo na Paulista, Moraes participou do ato em Brasília. Também participaram o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Lula reuniu a maioria de seus ministros e chefes dos Três Poderes como contraponto às comemorações feitas pela gestão Bolsonaro. Com orçamento enxuto, o desfile tratou de temas nacionais, como vacinação e combate às enchentes no Rio Grande do Sul.
Bolsonaristas chamam para Paulista
Evento em Brasília foi uma tentativa de tentar desvincular a data da direita conservadora. O 7 de Setembro foi usado por Bolsonaro, inclusive durante a campanha à reeleição em 2022, e até hoje segue como uma demonstração de força de apoiadores do ex-presidente.
Não à toa, apoiadores escolheram a data, neste ano, para marcar um protesto contra Moraes. O pastor Silas Malafaia e deputados da oposição, como Nikolas Ferreira (PL-MG), marcaram uma manifestação contra o ministro, alvo constante de bolsonaristas, e vão usá-la para inflar as assinaturas de um abaixo-assinado que pede o impeachment de Moraes. No dia seguinte, os parlamentares entregarão o documento no Congresso.
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