Exército reforça proteção do Planalto; PM detona explosivos na Esplanada

O Exército segue reforçando a segurança dos palácios presidenciais, após as explosões que deixaram uma pessoa morta nesta quarta (13) na praça dos Três Poderes, em Brasília.

O que aconteceu

A praça e a Esplanada dos Ministérios foram liberadas nesta manhã, depois de 14 horas interditadas. A Polícia Militar e os Bombeiros esperaram acabar a varredura no local para permitir a passagem. O esquadrão antibomba segue fazendo inspeção próximo aos anexos do Congresso.

As Forças Armadas foram acionadas pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) após as explosões. O presidente Lula (PT) já tinha deixado o Planalto na ocasião.

Lula manteve a agenda prevista. Nesta quinta (14), ele recebe cartas credenciais de diversos embaixadores pela manhã, antes de embarcar para o Rio de Janeiro, para eventos do G20, das 20 maiores economias do mundo. O Brasil é o presidente do grupo e anfitrião dos eventos diplomáticos.

Segundo o GSI, houve reforço nos palácios do Planalto, do Alvorada e do Jaburu. A Esplanada dos Ministérios e a praça foram liberadas às 11h10, mas o reforço segue.

Segundo a Polícia Militar, a varredura antibombas foi concluída nesta manhã. O corpo de Francisco Wanderlei Luiz, morto na noite de ontem, só foi retirado por volta das 9h, após o fim da ação.

Explosivos seguem sendo detonados na Esplanada. O último deles foi ouvido pouco depois das 9h40, na altura dos anexos do Congresso, onde o carro foi encontrado.

Exército está de plantão na entrada do Palácio do Planalto
Exército está de plantão na entrada do Palácio do Planalto Imagem: Lucas Borges Teixeira/UOL

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Entenda o caso

As explosões ocorreram por volta das 19h30 de quarta-feira (13). Uma varredura será feita nos prédios da Câmara e do STF nesta quinta-feira — as atividades devem ser retomadas a partir das 12h. O Senado Federal também suspendeu os trabalhos.

Luiz teria circulado pelo anexo 4 da Câmara durante o dia, segundo informação dada aos deputados pelo chefe de segurança da Casa. O local abriga a maioria dos gabinetes dos parlamentares. A entrada no prédio é liberada para qualquer pessoa. Os visitantes precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.

A Câmara estava em votação no momento da explosão no estacionamento. Os deputados discutiam a PEC que amplia a imunidade tributária das igrejas. Com a notícia das explosões, parlamentares reclamaram da continuidade da sessão apesar da "banalização da violência e dos ataques de 8 de Janeiro", em referência aos atos ocorridos também na Praça dos Três Poderes.

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) suspendeu a sessão às 21h14 após a confirmação da morte. O deputado manteve os trabalhos até o horário com o argumento de que estava "aguardando o chefe da Segurança da Câmara dos Deputados".

O STF divulgou uma nota dizendo que "ministros foram retirados do prédio em segurança". A Corte afirmou que "dois fortes estrondos foram ouvidos". A sessão do Supremo era sobre operações policiais nas favelas do Rio. A sessão contou com autoridades e representantes da sociedade civil. Por isso, o plenário estava mais cheio do que o normal — na hora das explosões, muitos ainda estavam no prédio.

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