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Conselho de Medicina de MG nega registro a 13 estrangeiros do Mais Médicos

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

20/09/2013 21h01

O presidente do CRM-MG (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais), João Batista Gomes, afirmou nesta sexta-feira (20) que não liberou o registro provisório de 13 médicos estrangeiros que deverão atuar no programa Mais Médicos no Estado porque aguarda orientações do conselho federal.

  • Arte UOL

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Hoje, venceu o prazo de 15 dias para o CRM-MG entregar o registro desses 13 profissionais (norte-americanos, portugueses e espanhóis). Outros 18 médicos cubanos que entraram com o pedido, o registro deve ser entregue até a sexta-feira (12 de outubro).

“Esse médicos não apresentaram o nome do tutor, do supervisor e o local onde vão atuar. Isso é básico para o registro. Sem eles, não posso assinar o documento. Não liberei por causa disso”, afirmou Gomes. O presidente do CRM-MG ainda afirmou que libera o registro somente no caso de determinação judicial ou no caso de consenso entre os 27 conselhos regionais da categoria.

“Só assino se houver determinação judicial porque não posso prejudicar a entidade. Se o governo garantir que entrega depois os nomes dos tutores e supervisores e dos locais onde esses médicos irão atuar e houver consenso entre os conselhos, não posso deixar de acreditar, e libero. Mas tem de haver uma das duas coisas. Não recebi orietação do conselho federal para liberar os registros”, disse.  

Renúncia

Desde o anúncio do programa Mais Médicos, Gomes tem combatido a iniciativa. Na quinta-feira (19), ele afirmou que renunciaria ao cargo, mas não faria o registro de médicos estrangeiros para atuar no Estado pelo programa sem a definição do tutor, do supervisor e do local onde o profissional irá trabalhar.

“São essas as condições: sem o nome do tutor e do supervisor e o endereço, não faremos o registro. Renuncio ao cargo de presidente se o governo ajuizar ações contra o CRM. Não posso lesar o conselho”, disse.

“O CRM é uma autarquia responsável pela fiscalização dos médicos. Uma autarquia que tem de fiscalizar os procedimentos destes profissionais. Como vou fiscalizar se não tenho o local onde o intercambista vai trabalhar, nem os nomes dos responsáveis (o tutor e o supervisor) pela sua atuação?”