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Alcolumbre diz que projeto do coronavírus deve passar no Senado sem mudança

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, durante votação em Brasília - ADRIANO MACHADO
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, durante votação em Brasília Imagem: ADRIANO MACHADO

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

05/02/2020 16h29

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), afirmou acreditar na aprovação hoje, no plenário da Casa, do projeto de lei que trata de medidas emergenciais para reforçar a quarentena de 34 pessoas vindas da China devido ao surto de coronavírus.

Ele acrescentou que o texto deve ser aprovado logo mais em plenário sem sofrer alterações para que não tenha de ser apreciado novamente pela Câmara dos Deputados.

O objetivo do projeto é reforçar a quarentena de 34 pessoas, incluindo brasileiros e seus familiares chineses, que moram em Wuhan, cidade da China que é o epicentro mundial do coronavírus. Os aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para buscar o grupo decolaram hoje de Brasília.

O texto foi enviado ontem pelo governo ao Congresso Nacional às pressas para fazer o resgate. Ontem à noite mesmo o projeto foi aprovado pelo plenário da Câmara e, então, seguiu para análise do Senado.

O texto trata de medidas que poderão ser adotadas pelo governo. A intenção é que dê respaldo jurídico às ações que a União tomar frente aos casos suspeitos e a eventuais pessoas infectadas. Isso não quer dizer que todos cidadão vindos da China serão submetidos à quarentena.

Coronavírus liga alerta pelo mundo

"Pela manifestação expressada por vários senadores ao longo das últimas semanas e, inclusive, por mim, acho que é uma matéria vencida já. Há um ponto pacífico dos senadores de que isso é urgente. Portanto, acho que vamos votar o texto que foi votado pela Câmara ontem", disse.

Alcolumbre informou ainda não ter o relator do projeto em plenário, mas que sua intenção é designar alguém com "expertise" na saúde. Por exemplo, algum senador que seja médico.

Mais cedo, Alcolumbre almoçou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ministros, entre outros, no Palácio da Alvorada. Ele se limitou a dizer que Bolsonaro fez reflexões para 2020 e avaliações gerais.

"A gente [do Congresso] tem nossa agenda e, naturalmente, o governo também tem a sua. A gente tem que compatibilizar a agenda possível nesse ano que é um ano atípico", falou.