Rio de Janeiro registra caso de paciente 'muito grave' com coronavírus
O estado do Rio de Janeiro registrou o primeiro caso de um doente que apresenta estado de saúde muito grave devido à contaminação por coronavírus. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o homem é um médico de 65 anos que está internado em estado gravíssimo num hospital da rede privada da capital fluminense. Não há informações de como ele contraiu o vírus.
"Ele apresentou sintomas de febre, tosse, dificuldades respiratórias no dia 11 de março. Não teve histórico de viagem nos 14 dias anteriores ao início dos sintomas e também não teve contato direto com casos confirmados nem suspeitos", informou a pasta em nota. O UOL apurou que o paciente é o médico nefrologista e ex-vereador Edison Régio de Moraes Souza, o Dr. Edison da Creatinina. Ele é professor da Faculdade de Medicina da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), onde ministra aulas de nefrologia.
A atuação dele na área de saúde fez com que tentasse se eleger vereador nas eleições de 2008 pelo PV (Partido Verde). Teve 2.573, ficando na segunda suplência, e acabou assumindo uma cadeira na Câmara Municipal entre fevereiro de 2011 e dezembro de 2012. Ele tentou se reeleger, mas não teve sucesso.
Até agora, foram confirmados oficialmente 24 casos da doença no estado. Mais 95 casos suspeitos estão sendo investigados pelas autoridades sanitárias estaduais.
Em todo o Brasil, foram confirmados oficialmente 200 casos até ontem à noite, segundo o Ministério da Saúde. O número, porém, deve ser maior já que há uma defasagem entre os dados das secretarias estaduais e a pasta federal.
No Twitter, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), falou sobre o registro do primeiro caso grave e ressaltou a importância de evitar aglomerações e lavar as mãos.
"Seguimos as medidas determinadas pelos protocolos para proteger os fluminenses e retardar o alastramento da doença. Registramos o primeiro caso grave do coronavírus. É importante que a população siga as orientações de lavar as mãos e evitar aglomerações", escreveu.
O governo do estado deve suspender cirurgias eletivas a fim de liberar leitos de terapia intensiva para tratar de futuros pacientes. Também estão previstas as conversões de leitos de enfermaria em terapia intensiva e a compra de equipamentos para esses novos leitos.
Aglomeração em praias
Na sexta-feira (13), Witzel anunciou um pacote de medidas de restrição de aglomerações de pessoas para conter a proliferação da covid-19. Na ocasião, ele disse que a Polícia Militar poderia ser usada para impedir que a população vá à praia. Ele destacou que a PM faz o policiamento na orla mesmo sendo um espaço de jurisdição federal.
"Não permitiremos aglomerações na praia. O momento é de ficar em casa e aguardar esses 15 dias para superarmos essa epidemia", afirmou.
Ontem, no entanto, dia em que fez sol, os banhistas lotaram a orla.
* Com informações da Agência Brasil
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