Ambulante de 32 anos morre de covid-19 uma semana após ser internada no Rio
Uma ambulante de 32 anos que trabalhava na rodoviária de Rio Bonito, na região metropolitana do Rio, morreu vítima da covid-19, segundo informou ontem a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Cleuza Fernandes da Silva era conhecida pelo bordão "toda hora sai" em referência à venda de bananadas na rodoviária da cidade onde trabalhava havia cinco anos.
Segundo a prefeitura, no último dia 8, ela sentiu os primeiros sintomas da doença e foi internada dois dias depois com insuficiência respiratória e parada cardíaca.
"Imediatamente ao perceber os sintomas, a equipe da unidade isolou a paciente", informou a prefeitura. Ela foi atendida no Hospital Regional Darcy Vargas e morreu no dia 17, uma semana após ser internada. De acordo com a prefeitura, a vítima era portadora de doença crônica.
Outra paciente, uma idosa de 85 anos também, está internada e isolada na mesma unidade em decorrência de coronavírus. O estado do Rio registra até o momento 18 mortes por complicações em decorrência de covid-19 e tem 657 casos de infecção confirmados. A maior parte (553) está na capital.
Bolsonaro falou com ambulantes no DF
No domingo (29), o presidente contrariou orientações do Ministério da Saúde e saiu às ruas do Distrito Federal para conversar com ambulantes e visitar comércios abertos e o HFA (Hospital das Forças Armadas).
No Twitter, Bolsonaro publicou um vídeo no qual aparece conversando com um vendedor de churrasquinho em Taguatinga, cidade satélite do DF, a 27 km de Brasília. O presidente também passou por Ceilândia, a 33 km de Brasília, onde também conversou com trabalhadores informais, como a ambulante Cleuza que morreu no Rio.
"O que eu tenho conversado com o povo é: eles querem trabalhar. Eu tenho falado desde o começo. Tem que tomar cuidado. Maior de 65 fica em casa", disse o presidente durante o tour pelas ruas do DF.
Secretário alerta para mortes até 39 anos
Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o secretário estadual de Saúde do Rio, Edmar Santos, afirmou estar surpreso com o número de casos da doença entre pessoas mais jovens.
"Não nos contaram tudo sobre esse vírus. A segunda faixa que mais interna é a de 30 a 39 anos de idade. Tivemos óbitos nessa faixa", afirmou o secretário.
De acordo com o Ministério da Saúde, quase a metade de casos graves envolvendo a infecção por covid-19 é de jovens e adultos, contrariando o discurso de Jair Bolsonaro, que defende apenas o isolamento de idosos e grupos de riscos para conter a pandemia.
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