O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou hoje em coletiva no Palácio do Planalto que não é "dono da verdade" e evitou o confronto ao ser questionado sobre as críticas recentes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Ontem, Bolsonaro afirmou que não pretende demitir o ministro em meio à pandemia do coronavírus. Mas admitiu que os dois vêm se "bicando" e disse faltar "humildade" para Mandetta conduzir o Brasil durante a pandemia do coronavírus.
"Da minha parte é tranquilo. Eu não sou o dono da verdade, estou simplesmente vendo um paciente e dizendo que esse é o melhor caminho. Mas é normal também o médico falar que o caso é de cirurgia, e o paciente querer ouvir uma segunda opinião", afirmou.
O ministro ainda aproveitou para afirmar que entende as cobranças do Bolsonaro e que isso é uma vontade de todos de acertar para que o Brasil se recupere da pandemia.
Mandetta também disse que não vai se retirar do cargo, porque "médico não abandona paciente", e sugeriu para a população ouvir as recomendações dos governadores — que vêm recebendo críticas diretas do presidente — de cada estado.
"Nós recomendamos que as pessoas atendam as recomendações dos governadores dos seus estados, que têm os melhores números os melhores indicadores para propor as suas medidas. O que é da minha responsabilidade dizer é que temos uma doença infecciosa que transmite, um vírus competente. Se juntarmos, vamos contaminar uns aos outros", disse Mandetta.
O Ministério da Saúde anunciou que subiu para 359 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil — aumento de 60 mortes confirmadas nas últimas 24 horas.
No total, são 9.056 casos oficiais confirmados no país até agora, segundo o governo — 1.146 casos novos de ontem para hoje — com uma mortalidade de 4%.
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