Topo

Esse conteúdo é antigo

Coronavírus no Brasil: país tem 60 mortos em 24 h e 9.056 casos confirmados

Do UOL, em São Paulo

03/04/2020 17h50Atualizada em 03/04/2020 20h57

Resumo da notícia

  • Total de mortos chega a 359, segundo dados do Ministério da Saúde; taxa de letalidade é de 4%
  • São Paulo é o estado com maior registros de mortes (219), seguido pelo Rio de Janeiro (47)
  • Sudeste é a região que mais concentra casos confirmados de covid-19 (5.658)

O Ministério da Saúde anunciou que subiu para 359 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil — aumento de 60 mortes confirmadas nas últimas 24 horas.

No total, são 9.056 casos oficiais confirmados no país até agora, segundo o governo — 1.146 casos novos de ontem para hoje — com uma mortalidade de 4%.

Segundo o Ministério de Saúde, a incidência da covid-19 para o Brasil é de 4,3 casos a cada 100 mil habitantes.

No total, as mortes relacionadas ao vírus em cada estado são: Alagoas (2), Amazonas (7); Bahia (5); Ceará (22); Distrito Federal (5); Espírito Santo (4); Goiás (2); Maranhão (1); Mato Grosso (1); Mato Grosso do Sul (1); Minas Gerais (6); Pará (1); Paraná (4); Paraíba (1); Pernambuco (10); Piauí (4); Rio Grande do Norte (4); Rio Grande do Sul (4); Rio de Janeiro (47); Rondônia (1); Santa Catarina (5); São Paulo (219); Sergipe (2).

A região que mais concentra casos confirmados de covid-19, segundo o Ministério, é a Sudeste (5.658). Na sequência estão Nordeste (1.399); Sul (978); Centro-Oeste (594) e Norte (427).

Erro em 1º caso de janeiro

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, creditou a um erro de digitação o anúncio equivocado de que o primeiro caso de coronavírus no Brasil teria sido em janeiro.

A pasta, que divulgou ontem sobre uma mulher hospitalizada ao fim de janeiro, corrigiu a informação nesta tarde afirmando que ela, na verdade, foi internada em março. No entanto, o ministro afirmou que é possível que o vírus já circulasse no país desde o ano passado.

Durante a entrevista coletiva desta tarde, o titular da pasta afirmou que, até o mês passado, o Ministério da Saúde revisava todos os casos confirmados pelas secretarias estaduais, analisando "formulários grandes", com todos os dados do paciente. Assim, conseguia reconhecer possíveis equívocos antes da divulgação.

"Na consolidação (de ontem) veio esse caso com essa data. Quando chamaram a atenção, pedindo a revisão da data, a secretaria de Minas disse que foi um erro de digitação, de um caso que na verdade ocorreu em março", declarou o ministro.

Ainda assim, Mandetta acredita que casos de covid-19 podem, sim, ter ocorrido no país antes do primeiro caso confirmado vir à público, em fevereiro deste ano.

"É possível que tenham ocorrido casos em janeiro e dezembro. É possível até antes", observou. Ele disse que a China está, até hoje, descobrindo casos que ocorreram no início de dezembro e que, por ser um país grande, pode ter propagado o vírus em épocas em que ainda não havia diagnósticos para o coronavírus.

Ministério admite que poderá usar leitos da rede privada

O Ministério da Saúde admitiu na tarde de hoje que pode precisar de leitos da rede privada, embora o SUS (Sistema Único de Saúde) esteja dando suporte os hospitais particulares na atual fase da pandemia de coronavírus.

O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, afirmou estar monitorando a situação dos leitos nos hospitais e que, no momento, a rede privada tem necessitado mais do SUS do que o contrário: "Nós vamos passar a acompanhar e monitorar a utilização dos leitos de UTI tanto da rede do SUS como da rede privada", disse.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O Ministério da Saúde divulgou a taxa de letalidade, e não de natalidade, como foi escrito na primeira versão do resumo deste texto.