Mandetta: da discrição para ministro mais popular de Bolsonaro em 16 meses
Resumo da notícia
- Mandetta chegou ao cargo na transição do governo após o segundo turno das eleições em 2018
- Assim como Bolsonaro, ele integrou o grupo de parlamentares que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff
- Colegas de Câmara dos Deputados, Mandetta foi indicado a Bolsonaro pelas associações de saúde
Sul-matogrossense e médico ortopedista, o ex-deputado Luiz Henrique Mandetta saiu da discrição para o ministro mais popular de Jair Bolsonaro (sem partido) em 16 meses. O ministro da Saúde foi demitido hoje depois de dias de tensão com seu chefe, que, ao contrário dele e da Organização Mundial de Saúde (OMS), era contra o isolamento social como meio de combater o coronavírus.
Mandetta chegou ao cargo na transição do governo após o segundo turno das eleições em 2018. Assim como Bolsonaro, ele integrou o grupo de parlamentares que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
Colegas de Câmara dos Deputados, Mandetta foi indicado a Bolsonaro pelas associações de saúde, como a Associação Médica Brasileira (AMB). O coro foi engrossado por parlamentares da bancada da saúde como o senador e hoje governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o deputado e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS) — ambos médicos.
A crise do coronavírus jogou luz sobre Mandetta. Quase todas as tardes ele participava de entrevistas coletivas no Ministério da Saúde. Quando não estava lá, deixava seus técnicos.
Valorizava que só estudos científicos poderiam dizer como remédios — como a cloroquina — poderiam ser usados no combate à doença. Ao contrário, Jair Bolsonaro defendia que o medicamento fosse usado já nos estágios iniciais da covid-19 mesmo sem estudos comprovando sua segurança e eficácia — quase a repetição de um conflito antigo entre o presidente e Mandetta.
Segundo o Datafolha, a aprovação do Ministério da Saúde sob Mandetta disparou durante a pandemia e chegou a 76%. Bolsonaro reclamou que alguns de seus ministros viraram "estrelas".
De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada no último dia 3, a condução da crise pela pasta tinha mais que o dobro da aprovação de Bolsonaro. Cerca de 76% dos entrevistados disseram aprovar os atos da pasta na pandemia e apenas 33% concordam com o presidente.
O levantamento ouviu 1.511 pessoas por telefone. Na pesquisa anterior, feita de 18 a 20 de março, o Ministério da Saúde havia registrado aprovação de 55%.
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