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'Não façam um milímetro diferente do que vocês sabem fazer', diz Mandetta

7.abr.2020 - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva sobre as ações de enfrentamento ao coronavírus - José Dias/Presidência da República
7.abr.2020 - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva sobre as ações de enfrentamento ao coronavírus Imagem: José Dias/Presidência da República

Do UOL, em São Paulo

16/04/2020 18h19

O médico Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido hoje do cargo de ministro da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aconselhou seus colegas de pasta para que "não tenham medo" e que não façam nada de diferente do que acreditam.

"Não tenham medo. Não façam um milímetro diferente do que vocês sabem fazer", disse em declaração para a imprensa, após sair do governo. O Ministério da Saúde será chefiado agora pelo oncologista Nelson Teich.

Mandetta ainda deu a entender que seus secretários e funcionários da pasta vão participar da transição, um processo que ele espera que seja "suave".

"Vocês são responsáveis por essa transição, que ela seja suave, profícua", acrescentou Mandetta para seus colegas. "Que tenhamos um bom resultado ao término disso tudo."

"Ficarei nas minhas orações sempre, pensando no que de melhor energia eu posso mandar para vocês. Tenho certeza de que minha devoção inabalável à Nossa Senhora Aparecida vai acompanhar vocês", finalizou.

Bolsonaro, em conversa com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, afirmou que o governo não está com pressa para que a transição seja encerrada, mas que Teich irá "trocar alguns nomes, com toda certeza".

Anunciado como substituto de Mandetta, Teich disse hoje que existe um "alinhamento completo" entre ele e Bolsonaro. Segundo o médico, saúde e economia são complementares e não devem competir —argumento que também vai ao encontro do que pensa o presidente.

Teich, porém, não pregou o fim do isolamento social, medida criticada por Bolsonaro mas tida por órgãos de saúde internacionais como fundamental para o combate efetivo do novo coronavírus.

O novo ministro disse apenas que "não vai haver qualquer definição radical" sobre isso.