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RJ: Teich visita hospital de referência que opera abaixo da capacidade

Ministro da Saúde, Nelson Teich, visita hospital no Rio de Janeiro - Divulgação/Ministério da Saúde
Ministro da Saúde, Nelson Teich, visita hospital no Rio de Janeiro Imagem: Divulgação/Ministério da Saúde

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

09/05/2020 16h07

O ministro da Saúde, Nelson Teich, inspecionou o Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde de hoje. Durante mais de três horas de visita à unidade que chegou a ser anunciada em março como "referência de tratamento à covid-19 no estado", Teich percorreu o setor de emergência e andares com pacientes que se tratam do coronavírus e pôde perceber que o hospital opera com capacidade abaixo do previsto.

Ao contrário da previsão inicial do Governo Federal, de que o Hospital de Bonsucesso contaria com 240 leitos de UTI e enfermagem para o tratamento da doença, atualmente 56 leitos estão ocupados por pacientes que se tratam de covid-19 —apenas 16 desses leitos têm sido usados para o tratamento intensivo.

O motivo para o funcionamento aquém do esperado é a falta de respiradores, EPIs (equipamentos de produção individual) e profissionais contratados.

Depois de deixar o hospital, o ministro postou no Twitter que novos leitos foram colocados em operação.

Na semana passada, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) chegou a pedir a troca de direção de hospital, diante das condições de atendimento. No entanto, a direção da unidade argumentou que, caso isso acontecesse, o funcionamento do hospital seria ainda mais prejudicado.

Pela manhã, antes de o ministro chegar ao local, nove profissionais de saúde fizeram uma manifestação com faixas de cartazes que exigiam a compra de EPIs e condições dignas de trabalho. Teich, no entanto, não viu o protesto, já que usou a porta dos fundos para acessar e deixar o local sem falar com a imprensa.

Desde ontem (8), o Rio convive com a expectativa de representantes de saúde locais do anúncio de uma compra expressiva de materiais de saúde para as unidades fluminenses.

Entidades de classe, como o Cremerj (Conselho Regional de Medicina) e o Coren-RJ (Conselho Regional de Enfermagem), também esperam um posicionamento do ministro sobre os mais de 1.800 leitos ociosos da rede federal de saúde no estado.