Isolamento em SP é de 52% no sábado; megaferiado continua sem surtir efeito
Resumo da notícia
- No estado, índice para ontem foi de 51%; taxas não subiram com antecipação de feriados
- O mínimo estipulado pelas autoridades de saúde para a rede hospitalar pública dar conta da demanda é de 55%
- Taxa de ocupação das UTIs da Grande São Paulo chegou neste domingo a 91,8%
- No estado, índice é de 75,7%
O megaferiado continua não surtindo o efeito desejado nos índices de isolamento social e no sábado ficou em 52% na capital e 51% no estado, conforme dados do Sistema de Monitoramento do Governo.
A iniciativa de parar as atividades por até seis dias, a depender do município, é considerada a tentativa derradeira de evitar medidas mais restritivas na circulação de pessoas e no funcionamento de comércios.
O mínimo estipulado pelas autoridades de saúde para a rede hospitalar pública dar conta da demanda é de 55%. Em nenhum dia do megaferiado, que começou na quarta-feira (20), este percentual foi atingido. O melhor resultado foi de 52% até o momento, lembrando que os índices sempre se referem ao dia anterior.
Na quarta, o índice foi de 51% na capital. Na quinta, oscilou para 52% até atingir os 49% na sexta. É uma variação que está dentro da média observada na última semana: no último domingo, a taxa foi de 54%.
O megaferiado na cidade de São Paulo foi criado com a antecipação dos feriados de Corpus Christi (celebrado em junho) e da Consciência Negra (20 de novembro), mais a decretação de ponto facultativo na sexta. A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou a antecipação do feriado de 9 de julho (Revolução Constitucionalista) para amanhã. A medida vale para todo o estado.
Com isto, as atividades foram interrompidas na última quarta e voltam somente na próxima terça (26). A esperança das autoridades era que as pessoas ficassem em casa, interrompendo a disseminação do coronavírus.
A medida serviria para aliviar a curva de contágio da doença, que está em fase de aceleração. Menos casos permitiram a ampliação do número de leitos e instalação de respiradores, que estão chegando por meio de aquisição do governo do estado e remessas do Ministério da Saúde.
Ocorre que a resposta não tem sido a esperada. Na capital, considerada o epicentro da covid-19 no Brasil, os índices de isolamento foram sempre inferiores.
Grande SP tem 2ª maior taxa de ocupação de UTIs na pandemia
Ao mesmo tempo, a taxa de ocupação das UTIs está em 88%%. A cidade bateu o recorde de pacientes internados em leitos de terapia intensiva, que são 570 conforme o boletim divulgado hoje pela Secretaria municipal de Saúde.
Com 11,9 mil pessoas internadas por covid-19 na rede pública paulista, a taxa de ocupação das UTIs da Grande São Paulo chegou neste domingo, 24, a 91,8%, segundo valor mais alto desde que o índice começou a ser divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde. Antes disso, o cenário só havia sido pior no 17 de maio, quando o porcentual de ocupação dos leitos de terapia intensiva foi de 92,2%.
O índice de ocupação dos leitos de UTI de todo o Estado segue inferior ao observado na região metropolitana de São Paulo, mas bateu recorde neste domingo, mostrando o avanço da pandemia para o interior e o litoral. Hoje, 75,7% de todos os leitos de UTI da rede pública paulista dedicados para pacientes com coronavírus estão ocupados.
Os dados, divulgados na tarde deste domingo pela Secretaria da Saúde, mostram ainda que, dos mais de 11 mil pacientes hospitalizados, 4.661 estão em UTIs.
*Com informações da Agência Estado
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