Governo de SP autoriza comércios, bares e academias a abrirem por 8 horas
Resumo da notícia
- Governo de SP vai ampliar de 6 para 8 horas o horário de funcionamento dos estabelecimentos já reabertos
- Empresários poderão escolher se fazem as 8 horas de forma contínua ou fracionada
- Medida não entra em vigor de maneira imediata
O governo de São Paulo aprovou ontem a ampliação de seis para oito horas por dia do horário de funcionamento dos estabelecimentos de comércio e serviços em regiões que estão em fase amarela.
Além disso, os empresários poderão escolher se adotam uma jornada contínua de abertura ou fracionada e também decidir qual turno abrirão: manhã, tarde ou noite. Isso já ocorria com bares e restaurantes, mas agora valerá para os demais setores. A mudança foi antecipada pelo UOL e confirmada em entrevista coletiva do Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira.
Hoje o coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus, José Medina, ressaltou que chegar a oito horas é o maior período possível de funcionamento de estabelecimentos na fase amarela.
Medina afirmou que aumentar este período só é algo a ser avaliado quando uma região chegar a fase verde. No momento, São Paulo tem 15 regiões na fase amarela (veja ao final do texto), a que vem imediatamente antes da fase verde. A próxima reclassificação ocorre na sexta-feira.
A ampliação era avaliada havia semanas pelo Centro de Contingência ao Coronavírus. A discussão começou depois que representantes de vários de setores procuraram o governo do estado para pedir pela ampliação.
O argumento era que desta forma o atendimento seria diluído, evitando aglomerações dentro dos negócios ou em suas imediações.
Cada estudo conduzido no Centro de Contingência tem um relator indicado entre seus integrantes e este caso ficou com José Medina, atual coordenador do órgão.
Ele avaliou por semanas o impacto que a mudança causaria e apresentou os resultados a seus colegas. O tema entrou em discussão ontem e a ampliação foi autorizada.
Medida ainda depende de autorização de prefeitos
Mas a aprovação do aumento do horário de funcionamento não significa sua imediata entrada em vigor.
Como ocorreu em outras decisões, o governo do estado dá a autorização para os prefeitos, mas eles têm autonomia para decidir se a mudança será adotada nas cidades e quando será adotada.
Um exemplo deste sistema foi a abertura dos shoppings na cidade de São Paulo. Ela foi permitida a partir de 1º de junho, mas a prefeitura levou quase duas semanas para montar os protocolos sanitários e a reabertura ocorrer de fato.
O alcance da medida é de 15 das 22 regiões em que o estado foi dividido. Somente Registro e Franca permanecem na fase vermelha, quando só podem funcionar os serviços essenciais.
A volta às aulas na capital paulista também foi adiada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Após teste sorológico com 6.000 alunos da rede pública, o retorno presencial nas escolas para atividades de reforço não será em setembro. Segundo o levantamento, 16,1% dos alunos já contraíram a doença. A decisão vale para instituições de ensino públicas e particulares da capital.
"É muito mais complicado manter o distanciamento social dentro da sala de aula, dentro da escola do que em bares, restaurantes, supermercados, lojas, estabelecimentos já autorizados a retornar", disse Covas.
A situação de cada região
Regiões na fase Vermelha
Registro e Franca.
O que pode funcionar
Somente serviços essenciais.
Regiões na fase laranja
Presidente Prudente, Barretos, São José do Rio Preto, microrregião oeste da Grande São Paulo e microrregião norte da Grande São Paulo.
O que pode funcionar
Shoppings, comércios de rua, escritórios e concessionárias de veículos.
Regiões na fase amarela
Cidade de São Paulo, Baixada Santista, Araçatuba, Marília, Bauru, Araraquara, Ribeirão Preto, Piracicaba, São João da Boa Vista, Sorocaba, Campinas, Taubaté, micro-região sudoeste da Grande São Paulo, microrregião sudeste da Grande da São Paulo e microrregião leste da Grande São Paulo.
O que pode funcionar
Bares, restaurantes, padarias, salões de beleza, barbearias, academias, atividades culturais, eventos, convenções, shoppings, comércio de rua, escritórios e concessionárias de veículos.
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