SP tem maior índice de isolamento desde agosto em fim de semana pós-Natal
O estado de São Paulo atingiu o índice de 49% de isolamento no último domingo (27), o maior registrado desde agosto. A taxa também subiu na capital para o maior nível desde setembro (50%). Cidades do litoral, no entanto, não aderiram às novas medidas restritivas e registraram aglomerações nas praias —os índices ficaram abaixo de 50%, com exceções de São Sebastião e Ubatuba.
Segundo o Simi-SP (Sistema de Monitoramento Inteligente de São Paulo), o estado não via taxa de isolamento de 49% desde 23 de agosto, quando 88% da população estava na fase amarela do plano São Paulo. Para combater as quedas progressivas e o aumento dos índices da pandemia no estado, o governo decretou o retorno à fase vermelha nos finais de semana pós Natal e Réveillon na semana passada.
A capital também atingiu taxa de 50% no domingo —a marca não era alcançada desde 20 de setembro. Em dezembro, a cidade vinha enfrentando tendência oposta, com recorde de baixo isolamento: 38%, menor índice desde março.
Finais de semana na fase vermelha
Na semana passada, o governo de São Paulo anunciou que todo o estado teria "medidas restritivas específicas" de controle da pandemia nos dias que sucedem Natal (25 a 27 de dezembro) e Ano-Novo (1° a 3 de janeiro). Na prática, as medidas serão de "fase vermelha", com o funcionamento apenas de comércios essenciais, como farmácias, padarias e mercados, com restrição ao funcionamento de bares e restaurantes.
Aglomeração nas praias
Apesar da queda geral, pelo menos 12 cidades não aderiram às restrições recomendadas pelo estado e registraram aglomerações em bares, restaurantes e praias. Parte delas, como Caraguatatuba, alegou que as medidas foram impostas pelo governo em cima da hora. No domingo, a cidade litorânea registrou isolamento de 45%.
Segundo o Estadão, além de Caraguatatuba, nove municípios da Baixada Santista (Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente); Ubatuba e São Sebastião, no litoral norte; Mogi das Cruzes e Cotia, na Grande São Paulo; e Bauru, no interior, decidiram não apertar ainda mais as medias.
No meio do mês, as cidades litorâneas já haviam anunciado o cancelamento das festas de Réveillon, aumento das medidas restritivas, como proibição de guarda-sóis na areia e maior fiscalização para evitar aglomerações.
Governo notificou 20 municípios
A autonomia para aderir ou não às recomendações do estado é das prefeituras, mas, como já havia prometido, o governo estadual decidiu recorrer ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) "para providências cabíveis" contra 20 municípios que, segundo o estado, não respeitaram as recomendações.
A estratégia já funcionou uma vez. No início de dezembro, a Prefeitura de Americana decidiu não seguir as recomendações estaduais e permitiu que os comércios ficassem abertos por 12 horas. O governo acionou o MP-SP e, uma semana depois, a Justiça validou a soberania do estado para a tomada de decisões.
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