Lula lamenta caos no Amazonas e agradece artistas e Venezuela por ajuda
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou preocupação e indignação com o colapso na saúde vivido pelo Amazonas. Ele, que definiu a situação como uma "tragédia humana sem precedentes", ainda agradeceu à Venezuela por se dispor a enviar cilindros de oxigênio ao estado e aos artistas que têm se mobilizado para tentar ajudar.
"Nada como o tempo para julgar os governantes. Desde o primeiro dia como presidente da República, Bolsonaro insulta os artistas e a cultura, os governadores e o povo venezuelano. E agora, quem diria, vê artistas, governantes e venezuelanos ajudando a salvar o povo de Manaus. Povo que, infelizmente, assiste à indiferença passiva, desumana e insensível do governo federal", escreveu Lula em uma rede social.
Acompanho com angústia, preocupação e indignação a situação do povo de Manaus. Ainda mais porque quando fui presidente da República sempre respondemos rapidamente com ações do governo federal a qualquer calamidade. Manaus vive uma tragédia humana sem precedentes em sua história, pré-anunciada pelo colapso do sistema de saúde já no início desta pandemia. Ex=presidente Lula, em uma rede social
Colapso no Amazonas
Com a explosão de casos de coronavírus nas últimas semanas, o Amazonas enfrenta superlotação de hospitais e falta de insumos, principalmente de cilindros de oxigênio. A maior dificuldade é logística, já que esses produtos precisam de condições especiais para serem armazenados e transportados, e a produção local já não é mais capaz de suprir a demanda.
Pacientes que precisam de assistência médica, mas não estão em estado clínico grave, começaram hoje a ser transferidos para outros estados. Segundo o Ministério da Saúde, já estão garantidos, de imediato, 149 leitos: 40 em São Luís (MA), 30 em Teresina (PI), 20 em Goiânia (GO), 20 no Distrito Federal, 15 em João Pessoa (PB), 10 em Natal (RN), 10 no Recife (PE) e 4 em Fortaleza (CE).
Paralelamente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje que autorizou o pedido da White Martins para produzir e distribuir oxigênio medicinal a 95% de teor de pureza — em vez de 99% — nas unidades da rede estadual de saúde. De acordo com a empresa, a flexibilização do nível de pureza vai permitir o aumento da capacidade de fabricação.
A mudança é válida por 180 dias e foi aprovada sob duas condições: primeiro, é preciso que cada cilindro informe o teor de pureza do oxigênio que contém, a fim de que profissionais de saúde tenham ciência do tipo de produto que estão utilizando. Além disso, a empresa voltar à pureza anterior, de 99%, assim que a situação estiver normalizada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.