Doria: Butantan entregará vacinas à União assim que Coronavac for aprovada
O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje à tarde que o Instituto Butantan entregará as doses da Coronavac ao Ministério da Saúde assim que a Anvisa aprovar o uso emergencial da Coronavac — desenvolvida pelo instituto paulista em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
"Determinei que tão logo a Anvisa aprove o uso emergencial da Vacina do Butantan, o Instituto Butantan entregue imediatamente as vacinas ao Ministério da Saúde para que sejam distribuídas a SP, DF e todos os estados brasileiros", escreveu o governador em publicação feita na sua conta oficial do Twitter.
"O Brasil tem pressa para salvar vidas", conclui.
Disputa pela posse das doses
Com a medida, São Paulo encerraria uma disputa que se arrastou por dias e visava determinar a quem pertence a posse das doses que hoje estão com o Instituto Butantan. O Governo Federal solicitou que o estado repassasse integralmente as vacinas à União.
Em resposta, de acordo com o que foi apurado pelo colunista Ricardo Kotscho, o Governo de São Paulo estava disposto levar o caso ao STF para tentar reverter a medida, como fez com a requisição de seringas e agulhas.
Ontem, o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que esperava um posicionamento do Ministério da Saúde sobre a quantidade de doses da Coronavac que ficarão no estado.
"Estamos aguardando que eles digam qual é a proporcionalidade, quais são as vacinas cabíveis para São Paulo, para que, a partir de então, possamos mandar as vacinas que são do Brasil", declarou.
Coronavac pronta para distribuição
Ainda ontem, o Governo de São Paulo declarou que as doses da Coronavac estão prontas para a aplicação, dependendo apenas da aprovação da Anvisa.
"Se tiver tudo ok, na segunda-feira, teremos o nosso programa realmente implementado", afirmou Gorinchteyn à CBN.
"É importante a gente lembrar que o fato de São Paulo iniciar eventualmente antes a vacinação, não quer dizer uma desobediência do programa nacional de imunização. Muito pelo contrário, nós tivemos, como eu disse, eu pessoalmente estive no ministério pra gente inserir a vacina no programa nacional de imunização", acrescentou.
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