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SP: Após quilombolas sumirem de plano de vacinação, Doria manda incluí-los

João Doria, governador de São Paulo, ordenou que os quilombolas voltem a ter prioridade no plano de vacinação - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
João Doria, governador de São Paulo, ordenou que os quilombolas voltem a ter prioridade no plano de vacinação Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

19/01/2021 11h28Atualizada em 19/01/2021 16h55

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje que determinou a inclusão da população quilombola no grupo prioritário do programa de vacinação contra a covid-19 no estado.

Os quilombolas, que faziam parte do primeiro grupo a ser vacinado contra a covid-19 —junto com profissionais de saúde e indígenas— no plano divulgado pelo governo do estado em dezembro, não constam mais na lista dos que receberão a vacina prioritariamente.

Em publicação nas redes sociais, Doria disse que "o Ministério da Saúde excluiu os quilombolas" da fase inicial do PNI (Plano Nacional de Imunização). Apesar disso, essa população "fará parte do programa de vacinação [no estado] desde já", segundo o governador.

O UOL procurou a Secretaria estadual de Saúde para saber se a vacinação dos quilombolas terá início imediato ou se há previsão de datas para essa imunização. Por telefone, a assessoria da imprensa da pasta informou apenas que vale o anúncio feito pelo governador e que, até o momento, não tem maiores informações.

Mais tarde, em nota, a secretaria informou que o governo de São Paulo "determinou a manutenção dos quilombolas na primeira fase do Plano Estadual de Imunização (PEI), diferentemente do Ministério da Saúde, que optou por não incluir os quilombolas entre os grupos desta primeira fase da campanha conforme apresentado ontem (18), em reunião com a coordenação do PNI (Programa Nacional de Imunizações) e representantes do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde)".

A reportagem também procurou o Ministério da Saúde e aguarda um posicionamento.

Os planos de vacinação nacional e de São Paulo têm algumas diferenças. No programa nacional, o primeiro grupo a receber a vacina são profissionais da saúde, idosos a partir dos 75 anos, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência e indígenas. Os quilombolas não estão incluídos nos grupos prioritários.

Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), cobrou que o governo federal apresente uma atualização do plano nacional de imunização com o cronograma de vacinação dos grupos de risco agora que os imunizantes estão autorizados para uso emergencial no Brasil.