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STF cobra governo a mostrar cronograma de vacinação no plano de imunização

Em 15/12, o governo enviou um plano ao STF, mas não apresentou as datas para a vacinação - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Em 15/12, o governo enviou um plano ao STF, mas não apresentou as datas para a vacinação Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

18/01/2021 14h15Atualizada em 18/01/2021 15h44

O STF (Supremo Tribunal Federal) cobrou que o governo federal apresente uma atualização do plano nacional de imunização com o cronograma de vacinação dos grupos de risco agora que os imunizantes estão autorizados para uso emergencial no Brasil.

O ministro Ricardo Lewandowski ordenou a intimação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o advogado-geral da União para que mostrem o "cronograma correspondente às distintas fases da imunização" em uma atualização da proposta. A revisão mensal do "plano nacional de operacionalização da vacina contra a covid-19" já estava prevista, destacou ele, em despacho desta segunda-feira (18).

Em 15 de dezembro, o governo enviou um plano de imunização ao STF, mas não apresentou as datas para a vacinação.

Agora que os imunizantes estão no Brasil e já foram autorizados para uso emergencial, o ministro quer saber quando cada grupo de risco — profissionais de saúde, índios em aldeias e idosos — será vacinado.

O despacho de Lewandowski foi feito numa ação movida por cinco partidos políticos: PT, PSB, Cidadania, PCdoB e PSOL. Clique aqui para ler a decisão.

Início da vacinação

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que será iniciada hoje a distribuição da vacina para os estados, e que a imunização poderá começar hoje em alguns locais.

O ministro participou pela manhã de um ato com governadores para marcar o início da distribuição da vacina no Centro de Distribuição Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

As primeiras doses enviadas aos estados são do imunizante CoronaVac, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista. São Paulo começou ontem a vacinação.

Segundo o Ministério da Saúde, dos 6 milhões de doses, cerca de 42% são destinados ao Sudeste. Na sequência, aparece o Nordeste, com aproximadamente 24%. Sul e Norte têm, respectivamente, 13% e 12%. Para o Centro-Oeste, irão cerca de 9% das doses.