Eventos com Bolsonaro têm aglomeração no dia que país atinge 250 mil mortos
No dia em que o Brasil atingiu a marca de 250 mil mortos em decorrência da covid-19, eventos oficiais que contaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Rio Branco (AC) e em Brasília (DF), promoveram aglomeração e muitos dos convidados sequer utilizavam máscara de proteção facial.
Bolsonaro esteve no Acre para sobrevoar áreas atingidas pelas enchentes e entregar vacinas contra o coronavírus. O estado está com situação de emergência e calamidade pública decretada. Segundo o Ministério da Saúde, seriam entregues quase 22 mil doses de vacinas contra a covid-19.
Uma comitiva de ministros e integrantes do governo estava com o presidente. A maioria deles apareceu sem máscara na transmissão da TV Brasil e em aglomeração, apesar da pandemia de coronavírus.
Já em Brasília, Bolsonaro deu posse a dois novos ministros no final da tarde desta quarta-feira (24), em solenidade no Palácio do Planalto. João Roma assumiu o Ministério da Cidadania e Onyx Lorenzoni é o novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
O evento contou com a presença de diversos ministros e autoridades. Novamente, boa parte deles não usava a máscara —inclusive os seguranças do chefe do Executivo— e promovendo a aglomeração.
Desde as 20h de ontem, o país computou 1.390 novas mortes causadas pela doença, de acordo com boletim extra divulgado nesta tarde pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde. O total de vítimas até as 18h18 é de 250.036.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, referência mundial nos estudos sobre a covid-19, o Brasil é o segundo país com mais mortes pela doença no mundo. Estamos apenas atrás dos Estados Unidos, com 503.529 óbitos de acordo com números divulgados pela instituição na tarde de hoje.
O Brasil vive atualmente o seu pior momento na pandemia, com alta contaminação.
Em reação à marca de 250 mil mortes, atingida na noite de hoje, políticos criticaram a atuação do presidente Jair Bolsonaro ao longo da pandemia. "Negligência", "descaso" e "genocida" foram alguns dos termos utilizados para se direcionar ao chefe do Executivo.
"Provas repetidas da conduta genocida deste irresponsável e incompetente! O exemplo, para o mal e para o bem, vem de cima. Hoje o Brasil atingiu 250 mil mortes por coronavírus... O segundo país em número absoluto de mortes do mundo", escreveu Ciro Gomes, nas redes sociais. Ele foi adversário de Bolsonaro nas eleições em 2018.
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