Quatro capitais suspendem aplicação de 1ª dose por falta de vacinas
A escassez de doses de vacinas contra a covid-19 distribuídas para estados e municípios já afeta a imunização com a primeira dose em ao menos quatro capitais do país. Salvador, Curitiba, João Pessoa e Rio Branco não tiveram novos vacinados com uma primeira dose hoje, já que a campanha foi suspensa para esse público nas capitais.
A situação é pior em João Pessoa, única capital que suspendeu ontem a imunização até com a segunda dose. A medida foi tomada depois de a cidade registrar uma aglomeração de idosos à procura da imunização no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, mesmo após a gestão municipal tentar promover um processo de agendamento prévio.
Assim como na cidade paraibana, o motivo para a suspensão da aplicação da primeira dose em outras capitais é a falta de estoque de doses da vacina CoronaVac e do imunizante da AstraZeneca/Oxford, as únicas distribuídas no Brasil até o momento. A escassez maior é da primeira, envasada pelo Instituto Butantan.
Em Natal, por exemplo, apesar de a vacinação não ter sido suspensa para a primeira dose, a imunização está sendo feita apenas com a vacina de Oxford, envasada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O quantitativo da CoronaVac reservado para a dose de reforço se esgotou na cidade.
Já Salvador aplica somente a segunda dose desde anteontem (12). Curitiba e Rio Branco suspenderam a aplicação da primeira dose hoje. Na capital do Acre, quando a vacinação teve início no dia de ontem (13), a prefeitura infirmou que restavam apenas 120 doses reservadas para a primeira aplicação.
Em Macapá, por sua vez, a vacinação para pessoas com comorbidades teve que ser suspensa.
Em todas as capitais, as gestões municipais afirmam que esperam uma nova remessa de vacinas do Ministério da Saúde para retomarem o que foi suspenso de suas campanhas.
Lote problemático da CoronaVac
Não só em capitais, mas como em várias cidades pelo Brasil, as prefeituras vêm relatando problemas no último lote da CoronaVac distribuído pelo Ministério da Saúde. Os municípios alegam que os frascos da vacina vieram com menor quantidade do composto, permitindo a extração de no máximo nove doses, quando o correto é no mínimo dez.
O Butantan, entretanto, nega qualquer falha no envase e afirma que o problema se dá no momento da aplicação. Por isso, disse que vai revisar a bula da CoronaVac para incluir informações sobre o procedimento de aspiração do líquido com as seringas.
Recentemente, os frascos da CoronaVac tiveram o volume de composto reduzido a pedido do próprio Butantan, em procedimento autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A decisão foi tomada para tentar evitar o desperdício de doses, já que, uma vez aberto, o frasco do imunizante tem que ser inteiramente aplicado no mesmo dia.
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