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'É inadmissível que se percam', diz secretário de SP sobre testes em galpão

Edson Aparecido), secretário de Saúde do município de São Paulo - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
Edson Aparecido), secretário de Saúde do município de São Paulo Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

23/04/2021 09h47Atualizada em 23/04/2021 11h28

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou hoje que é "inadmissível" que se percam os testes para a detecção da covid-19 que estão perto de perder a validade em um galpão do Ministério da Saúde.

É inadmissível que se percam testes, sobretudo em momentos de abertura da sociedade
Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo, em entrevista à GloboNews

No final de 2020, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que cerca de 7 milhões de testes para a covid-19 estavam parados em um galpão do Ministério da Saúde no aeroporto de Guarulhos (SP). Para evitar que fossem perdidos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prorrogou de oito para 12 meses a validade desses testes, que venceriam entre dezembro e janeiro.

Desse total, ainda há mais de 2 milhões de testes estocados no galpão do Ministério da Saúde, de acordo com reportagem da TV Globo exibida na noite de ontem. O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Benjamin Zymler já determinou que a pasta distribua imediatamente esses testes antes do vencimento.

Ainda à GloboNews, o secretário afirmou que a testagem da população é muito importante para que se possa detectar casos da covid-19 e evitar que a pessoa contaminada propague o vírus.

No caso da capital paulista, Aparecido disse que quando um paciente recebe diagnóstico positivo nas unidades de saúde municipais, a prefeitura também faz o teste nos familiares que vivem com o paciente para fazer um isolamento mais eficiente.

"A testagem é muito importante, sobretudo em momentos que você tem de viver com a chamada abertura dos setores da economia, porque você testa e mesmo que ela seja uma testagem dirigida, você consegue fazer um processo de isolamento importante", declarou.

Aglomerações e 3ª onda da covid-19

O secretário criticou aglomerações e festas clandestinas que ocorrem na capital e afirmou que se as pessoas não se conscientizarem, o país pode enfrentar uma terceira onda da covid-19 no início do segundo semestre.

Se as pessoas não se conscientizarem disso não há a menor duvida, nós vamos enfrentar, no inicio do segundo semestre, uma terceira onda de casos, internações e óbitos. Então, precisa haver uma conscientização.
Edson Aparecido

O secretário afirmou que a Prefeitura e o governo estadual trabalham no sentido de mostrar para as pessoas que a pandemia não acabou, além de fiscalizar e autuar estabelecimentos que promovem aglomerações. No entanto, esse esforço tem sido insuficiente para evitar a realização de festas e baladas clandestinas.

"É evidente que em locais como esses, com grande circulação, vamos ter que adotar medidas mais firmes, mais duras, porque se não nós teremos a reincidência da doença. E o mais grave, o eventual surgimento de novas variantes com grau de letalidade maior, com transmissibilidade maior. A sociedade, as pessoas, precisam ter muito claro que a pandemia não passou", declarou.

Vacinação na capital

O secretário afirmou ainda que a cidade de São Paulo deve terminar a vacinação da população com 60 anos apenas no mês que vem. Pelo calendário anunciado pelo governo do estado, o último grupo dessa faixa etária (de 60 a 62 anos) começará a ser vacinado em 6 de maio.

Segundo ele, o aumento na imunidade da população só deve começar a ser notado após essa fase, quando deverá começar a vacinação das faixas etárias com mais pessoas.

"Na medida em que você vai reduzindo a faixa etária, o número de pessoas é muito maior", declarou.

Aparecido disse que a Prefeitura está consolidando um estudo que aponta diminuição nos afastamentos de profissionais de saúde devido à covid-19. A categoria foi a primeira a ser vacinada contra a doença.