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Vacina com IFA brasileiro poderá sair em outubro, diz presidente da Fiocruz

Cientista analisa amostra em laboratório da Fiocruz, no Ceará - Divulgação/Fiocruz
Cientista analisa amostra em laboratório da Fiocruz, no Ceará Imagem: Divulgação/Fiocruz

Do UOL, em São Paulo

02/05/2021 17h53

A Fiocruz deverá começar a produzir o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para produção própria da vacina da AstraZeneca/Oxford ainda neste mês. Se tudo der certo, as primeiras vacinas com produção totalmente nacional deverão ser entregues já em outubro.

As informações são da presidente da fundação, Nísia Trindade, em entrevista à CNN Brasil neste domingo. Segundo ela, é um cronograma que ainda precisa ser avaliado junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas que deve sair no segundo semestre.

O início [da produção do IFA] é agora em maio e temos que produzir vários lotes para validação controles. No entanto, o fato de nós termos tido essa avaliação [da Anvisa] e termos todas as condições técnicas, operacionais para produzir esse IFA nós vamos também estar trabalhando esse cronograma e suas etapas para ter um programa definitivo. A expectativa é que essa entrega seja feita no mês de outubro.
Nísia Trindade, presidente da Fiocruz

Atualmente, a Fiocruz ainda depende da importação de insumos da Índia ou da China para a produção da vacina em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Com a fabricação também do IFA, o insumo torna-se inteiramente feito aqui, o que traz autonomia para a fundação.

Em abril, a Fiocruz entregou 6,5 milhões de doses ao PNI (Programa Nacional de Imunização), 900 mil a mais do que o programado, todas com IFA importado.

Trindade afirmou que ainda é preciso fazer reuniões técnicas com a Anvisa para definir os próximos passos, por isso essas datas ainda são estimativas. É preciso de uma nova aprovação da agência reguladora para a distribuição da vacina de Oxford com IFA produzido aqui.

"Teremos uma segurança maior [de prazo] ao longo desse mês e após reuniões técnicas com a Anvisa que vou solicitar que sejam feitas para avaliar os passos seguintes. Isso é muito importante para termos mais segurança em todo este processo", explicou Trindade.

"Estamos trabalhando intensamente, como fizemos para a construção dessa planta, de todos os equipamentos, para, se possível, ter nesse prazo ainda mais curto. É o trabalho intenso de toda a nossa equipe", concluiu.