Veja a situação da covid-19 nos estados nesta terça-feira (11)
Pela primeira vez em 55 dias, o Brasil registrou uma média móvel de mortes por covid-19 abaixo de 2 mil. Com isso, nenhum estado apresentou tendência de alta hoje. Os dados foram coletados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte junto às secretarias estaduais de saúde.
Foram 2.275 novos óbitos pela doença, totalizando 425.711 mortos nesta terça-feira (11). Além disso, o país já registrou 15.285.048 infectados, sendo 71.018 casos confirmados entre ontem e hoje. Os dados não indicam quando as notificações de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar nos registros estaduais.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença—. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e entre os dois índices indica tendência de estabilidade.
Com isso, a média móvel desta terça-feira foi de 1.980, com uma variação de -17% na comparação com duas semanas atrás, o que indica queda. Este é o primeiro dia com tendência de queda após uma semana apresentando estabilidade.
Ainda assim, já são 111 dias em que a média diária de mortes fica acima de mil, indicando que, apesar da queda, os indicadores ainda estão elevados.
Dezenove estados e mais o Distrito Federal registraram queda enquanto outros sete estados apresentaram estabilidade.
Das regiões, apenas o Sudeste apresentou estabilidade: (-10%). As demais tiveram tendência de desaceleração: Centro-Oeste (-27%), Nordeste (-20%), Norte (-38%) e Sul (-19%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-31%)
- Minas Gerais: estável (-13%)
- Rio de Janeiro: estável (2%)
- São Paulo: estável (-10%)
Região Norte
- Acre: queda (-35%)
- Amazonas: queda (-40%)
- Amapá: queda (-29%)
- Pará: queda (-44%)
- Rondônia: queda (-26%)
- Roraima: queda (-19%)
- Tocantins: queda (-32%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-18%)
- Bahia: queda (-17%)
- Ceará: queda (-29%)
- Maranhão: estável (-13%)
- Paraíba: estável (-14%)
- Pernambuco: queda (-26%)
- Piauí: estável (-10%)
- Rio Grande do Norte: queda (-29%)
- Sergipe: estável (8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-22%)
- Goiás: queda (-29%)
- Mato Grosso: queda (-25%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-30%)
Região Sul
- Paraná: queda (-16%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: queda (-28%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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