Paes comemora vacinação de adolescentes e vitória contra 'Terra plana'
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, comemorou a vacinação de adolescentes contra a covid-19 na capital fluminense. Na última semana, o Ministério da Saúde publicou uma nota desaconselhando a imunização da faixa etária e, na quarta-feira, voltou a se posicionar a favor da cobertura vacinal do grupo.
"Que emocionante ver a molecada de 12/13 anos vacinando com seus pais. Bom saber que a ignorância, a terra plana e o negacionismo não prosperam!", disse Paes pelo Twitter. "Não deixem de se vacinar", escreveu.
O prefeito aproveitou para lembrar da repescagem na capital. Hoje, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, disse que aqueles que ainda não tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19 poderão escolher, excepcionalmente amanhã, qual imunizante tomar nos locais de vacinação. Além disso, Paes falou que "semana que vem devemos reduzir o intervalo entre as doses de vacina".
Segundo o Ministério, a recomendação de suspender a imunização dos adolescentes sem comorbidades decorreu de dois fatos. O primeiro foi a morte de uma garota de 16 anos que faleceu sete dias depois de receber uma dose da Pfizer, única vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o grupo.
Logo após a pasta lançar a possibilidade do óbito talvez ter relação com o imunizante, a Anvisa se manifestou dizendo que a jovem sofria de uma doença autoimune rara e grave, conhecida como PTT (Púrpura Trombótica Trombocitopênica).
Horas antes da coletiva em que o Ministério voltou a recomendar a vacina em adolescentes, a Anvisa havia concluído que o falecimento estava ligado à condição de saúde da jovem e a Pfizer não havia provocado piora. "A causalidade foi classificada como coincidente, ou seja, descartou-se a possibilidade de o óbito ter sido relacionado à administração da vacina", disse a agência em nota.
O outro fator de preocupação para a pasta era a suspeita de que os adolescentes estavam recebendo outras vacinas que não estão liberadas para eles. No entanto, após avaliação, se concluiu que apenas 0,7% dos jovens imunizados foram registrados na base de dados do Ministério da Saúde com vacinas diferentes da Pfizer.
O Rio de Janeiro foi um dos estados que seguiu aplicando doses contra a covid-19 enquanto a pasta indicava a suspensão. "Eles vão voltar atrás de novo. Eu acredito, e nem precisa de cartinha do presidente da República se desculpando pelas afirmações", falou Paes após o primeiro recuo do Ministério.
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