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Prefeitura de SP vacinará crianças com comorbidade a partir do dia 17

Prefeitura de SP mantém para dia 17 início da vacinação em crianças com comorbidade e deficiência - Getty Images
Prefeitura de SP mantém para dia 17 início da vacinação em crianças com comorbidade e deficiência Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/01/2022 11h54Atualizada em 14/01/2022 12h04

A Prefeitura de São Paulo informou hoje que começará a vacinar crianças de 5 a 11 anos com comorbidades ou deficiência física a partir do 17 de janeiro. Será aplicada a vacina infantil da Pfizer, que foi liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 16 de dezembro.

As vacinas serão aplicadas em UBSs de toda a cidade. Para que a criança receba o imunizante, os pais devem apresentar um comprovante da condição de saúde da criança, como exame, receita médica ou atestado, além da carteirinha de vacinação.

A partir do dia 17, crianças indígenas aldeadas também poderão tomar a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer.

A cidade de São Paulo recebeu 60 mil doses do Ministério da Saúde. A primeira dose da vacina será aplicada hoje em evento simbólico, feito pelo governo de São Paulo, no Hospital das Clínicas, na capital paulista.

"Iniciamos um novo passo na nossa campanha de vacinação, com o atendimento às crianças. À medida que recebermos novas doses, abriremos a vacinação por faixa etária para que todas possam ser atendidas", disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Em entrevista à CNN, a secretária-executiva de Saúde de SP, Sandra Fonseca, afirmou que a cidade de São Paulo tem capacidade para vacinar todas as crianças da cidade em uma semana, se a vacina CoronaVac fosse liberada para uso pediátrico —diferentemente da Pfizer, o imunizante é produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.

"Se tivermos autorização para fazer com CoronaVac, e temos uma grande quantidade de doses, o cronograma pode ser antecipado muito rapidamente. Temos capacidade de vacinar meio milhão de pessoas por dia. Em uma semana, no máximo, poderíamos vacinar todas as crianças", disse a secretária.

Na cidade de São Paulo, são 1,35 milhão de crianças de 5 a 11 anos.

"O efeito colateral dessa vacina [da Pfizer] é como das outras: a criança pode sentir uma dorzinha no local da aplicação, pode ter sensação febril, ficar um pouquinho mais quieta, com dorzinha no corpo, mas tudo isso passa em 24 horas, como nos adultos, e a criança fica protegida contra a covid", afirmou Sandra.

Segundo a secretária, pais serão orientados sobre o prazo para que as crianças tomem as outras vacinas previstas no PNI (Plano Nacional de Imunização).

Anvisa diz que decisão sobre CoronaVac está 'próxima'

A Anvisa se reuniu ontem com representantes do Instituto Butantan, pesquisadores do Chile e infectologistas para colher mais dados sobre a aplicação da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. As informações serão avaliadas por especialistas e, depois, consideradas pela agência no processo de análise do uso emergencial do imunizante contra a covid-19.

Na reunião, segundo a Anvisa, foram apresentados estudos feitos pelo governo chileno durante a aplicação da CoronaVac em crianças e adolescentes no país. Agora, especialistas convidados analisarão esses dados e produzirão relatórios, que posteriormente serão enviados à agência reguladora.

A agência tem 14 dias dos 30 do prazo de análise para definir se autoriza ou não o uso do imunizante para a faixa etária.

"Os especialistas da Gerência Geral de Medicamentos da Agência seguem a análise do pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac para crianças. A avaliação está entrando na etapa final e próxima da decisão final. O relatório da área técnica será votado em reunião extraordinária da diretoria colegiada da Anvisa", informou a agência em comunicado.