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Queiroga diz que 3ª dose é o que 'vai fazer a diferença' contra a covid-19

Queiroga defendeu foco na aplicação da terceira dose e que não ocorra "ansiedade" para a quarta - Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdo
Queiroga defendeu foco na aplicação da terceira dose e que não ocorra 'ansiedade' para a quarta Imagem: Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/02/2022 10h55Atualizada em 10/02/2022 13h47

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu hoje que a dose de reforço da vacina contra a covid-19 é o que "vai fazer a diferença" contra a pandemia no Brasil e que é preciso ampliar a cobertura da população com a terceira aplicação.

É fundamental avançarmos na dose de reforço. É isso que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura por volta de 30% [da população] com a dose de reforço, e nós precisamos ampliar. Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

A afirmação foi feita pelo ministro em entrevista a jornalistas na manhã de hoje. Queiroga também pediu que não ocorra "ansiedade" para a aplicação da quarta dose.

"Essa ansiedade em querer aplicar a quarta dose sem evidência científica também não ajuda no enfrentamento à pandemia. É fundamental avançarmos na dose de reforço (terceira dose). Tenho dito e reitero", afirmou.

Ontem, o ministro já havia criticado o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), após o tucano dizer que o estado vai adotar a aplicação da quarta dose da vacina, mesmo sem aval do Ministério da Saúde.

Na ocasião, Queiroga indagou sobre a viabilidade da ação. "Se cada um quiser seguir de uma forma, o que vai acontecer? Quem é que tem a responsabilidade de garantir as doses? Há uma logística de distribuição das doses", disse.

Ainda ontem, logo após o anúncio pela manhã, porém, Doria fez uma pontuação sobre o tema da quarta dose, dizendo que ela não será "aplicada imediatamente". "O fato de considerar não quer dizer que se vai aplicar", afirmou.

Retomando o assunto na manhã de hoje, Queiroga disse que, "quando houver evidência científica suficiente para que a quarta dose seja feita na população acima de 18 anos, o grupo técnico [do Ministério da Saúde] vai orientar".

"Quando se faz algo em dissonância com o que o Ministério da Saúde recomenda, nós não temos compromisso de entregar doses", pontuou, afirmando que a pasta "não tem o intuito" de tomar uma posição contrária ao que for decidido pelo grupo técnico.

80,2% da população brasileira já recebeu ao menos uma dose da vacina contra a covid-19, segundo dados atualizados ontem pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. 70,6%, duas doses. E 24,9%, a dose de reforço (três aplicações).

Quarta dose para pessoas com imunossupressão

Ontem, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação de uma quarta dose da vacina para pessoas com quadro de imunossupressão — como aquelas que estão realizando quimioterapia ou vivem com HIV/Aids — que tenham 12 anos ou mais.

Antes, o ministério recomendava, desde dezembro do ano passado, a aplicação da quarta dose apenas para pessoas com quadro imunossupressão que tivessem 18 anos ou mais.

"É um grupo (pessoas com quadro imunossupressão que tenham 12 anos ou mais) muito reduzido, não tem um impacto tão grande em relação ao desfecho da pandemia", afirmou Queiroga na manhã de hoje.

No mundo, em janeiro deste ano, Israel começou a aplicar da quarta dose da vacina para pessoas acima de 60 anos. Já na última segunda-feira (7), o Chile começou a adotar a ação para quem tem 55 anos ou mais.