Queiroga diz que consulta pública não atrasou vacinação infantil no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que a consulta pública sobre a vacinação infantil contra a covid-19 não gerou atrasos no processo de imunização das crianças. Queiroga participa de audiência no Senado Federal e disse que o governo já sabia "quando essas vacinas iam ser disponibilizadas à sociedade brasileira".
"Não houve atraso sequer de um segundo em relação à vacina [infantil]", afirmou. Questionado sobre os motivos que levaram à abertura da consulta pública, o ministro afirmou que "não há que se estranhar" a prática, que "deve ser feita".
De acordo com Queiroga, a pasta procurou a Pfizer para consultar quantas doses a farmacêutica teria para enviar ao Brasil logo que o imunizante foi liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O ministro explicou que, àquela época, a empresa informou que teria apenas 20 milhões de doses a partir de 10 de janeiro.
Mesmo assim, segundo o ministro, o país tem avançado bem na vacinação de crianças, o que é observado pelo menor número de casos nesse público. Ele também disse esperar por "vacinas mais eficazes".
"Sintetizando, nós entendemos que as vacinas, independente do conhecimento maior da sua eficácia a longo prazo na faixa etária de 0 a 5 anos, elas são vacinas seguras, são vacinas que estão nos ajudando nesse momento difícil. O que nós gostaríamos era de ter outras vacinas, mais eficazes, para um enfrentamento ainda mais satisfatório da pandemia", disse.
O ministro da Saúde foi convocado em fevereiro pela Comissão de Direitos Humanos do Senado para explicar o atraso na vacinação infantil contra covid-19. À época, Queiroga disse que tinha "zero" preocupação com a situação porque, segundo ele, a pasta comandou "uma das maiores campanhas de vacinação do mundo".
Apesar de o imunizante da Pfizer ter sido liberado pela Anvisa em 16 de dezembro, a entrada do imunizante na campanha coordenada pelo governo federal só foi confirmada em 5 de janeiro. Na contramão ciência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se posiciona contra a vacinação infantil.
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