Topo

Esse conteúdo é antigo

Duas novas subvariantes da ômicron são identificadas na Grande SP

As linhagens foram confirmadas após análise de três casos de covid-19 pelo Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) - iStock
As linhagens foram confirmadas após análise de três casos de covid-19 pelo Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

28/11/2022 12h55Atualizada em 28/11/2022 13h04

Duas novas subvariantes da ômicron foram identificadas em pacientes de Santo André e São Caetano do Sul, cidades da região metropolitana de São Paulo. As linhagens foram confirmadas após análise de três casos de covid-19 pelo Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC).

Segundo a FMABC, os casos derivam da subvariante BQ.1, que tem mutações genéticas que dificultam o reconhecimento e a neutralização do vírus pelo sistema imunológico. Dos três casos analisados, dois são das linhagens BQ.1.1.17 e BQ.1.18, que ainda não tinham sido identificadas no Brasil.

Ainda não se sabe o efeito das novas linhagens na transmissibilidade ou agravamento da covid. Os três pacientes de São Paulo apresentaram sintomas leves de covid, sem maiores complicações.

"Conforme surgem novas mutações sempre temos algumas alterações no número de casos, mas isso não impacta necessariamente na gravidade", explicou Beatriz da Costa Aguiar Alves, pesquisadora e coordenadora do setor de Biologia Molecular do Laboratório de Análises Clínicas da FMABC.

As subvariantes foram encontradas após análise no Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário, que retomou o processo de sequenciamento genômico após aumento recente de casos de covid-19 na região do ABC Paulista.

Na semana passada, a taxa de testes positivos analisados pela FMABC alcançou a marca de 75%.

Maior poder de escape: o que se sabe da subvariante BQ.1

A subvariante BQ.1 contém mutações genéticas na proteína de superfície spike que dificultam o reconhecimento e a neutralização do vírus pelo sistema imunológico. Isso faz com que as pessoas se infectem com mais facilidade, apesar da imunidade gerada pela vacina e por infecções anteriores.

Segundo a OMS, essas mutações teriam conferido uma vantagem à BQ.1 em comparação a outras sublinhagens e, por isso, ela está se espalhando com certa rapidez pelo mundo.

Com base no conhecimento disponível, a proteção gerada pelas vacinas (tanto as monovalentes quanto as bivalentes) pode ser reduzida, mas ainda não há dados epidemiológicos que sugiram um agravamento nos sintomas da doença. E lembrando que qualquer proteção é melhor que nenhuma.

Como se proteger

Além da vacinação, os cuidados são os mesmos desde o começo da pandemia: uso de máscara, principalmente em locais fechados e com aglomeração (que devem ser evitadas), e higiene das mãos sempre que possível.

Além disso, grupos de pessoas com sistema imunológico comprometido devem redobrar os cuidados, como os idosos, indivíduos que passaram por transplante de órgão ou com HIV, por exemplo.