EUA dizem estar "muito preocupados" com uso de armas químicas na Síria

De Washington

Os Estados Unidos estão "muito preocupados" com o possível emprego de armas químicas por parte do regime sírio contra os rebeldes, declarou nesta quinta-feira o secretário americano da Defesa, Leon Panetta, reafirmando as advertências ao presidente Bashar al-Assad.

"Sem comentar as informações sobre armas químicas, é evidente que estamos muito preocupados que diante do avanço das forças da oposição, em particular sobre Damasco, o regime sírio considere o uso de armas químicas", revelou o chefe do Pentágono em entrevista coletiva.

"As informações de que dispomos despertam sérias preocupações sobre o fato de que (o emprego de armas químicas) isto é considerado", destacou o secretário da Defesa.

Na quarta-feira, "funcionários" do regime sírio informaram à rede de televisão NBC que o Exército "está carregando bombas com gás sarin para lançá-las contra os opositores.

Os mesmos "funcionários", que pediram para não ser identificados, revelaram que as 'latas' carregadas com sarin ainda não foram colocadas sob as asas dos aviões e o presidente sírio não deu ordem para sua utilização, destacou a NBC.

Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu Bashar al Assad que "recorrer às armas químicas seria totalmente inaceitável". "Se você cometer o trágico erro de utilizar estas armas, haverá consequências e você responderá por elas. Não podemos permitir que o século XXI seja obscurecido pelas piores armas do século XX".

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, também advertiu na segunda-feira que se o regime de Assad utilizar armas químicas cruzará a "linha vermelha".

O gás sarin, utilizado em ataques terroristas no Japão na década de 90, é um agente que afeta o sistema nervoso causando convulsões, insuficiência respiratória e até a morte.

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