Obama e Cameron discutem resposta à situação na Síria
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, conversaram neste sábado (24) por telefone sobre a situação na Síria, e manifestaram sua "grave preocupação" com as informações sobre o uso de armas químicas contra civis por parte do regime em Damasco.
Em um comunicado, a Casa Branca informou que os dois líderes "continuarão mantendo consultas" em torno do suposto uso de armas químicas por parte do regime do presidente Bashar al-Assad contra a oposição armada, "assim como sobre a possível resposta da comunidade internacional".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou neste sábado ter contabilizado 322 mortos vítimas de "gases tóxicos" nas proximidades de Damasco na última quarta-feira, incluindo "54 crianças, 82 mulheres e dezenas de rebeldes".
Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), cerca de "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco após o suposto ataque com armas químicas.
Obama analisou na manhã deste sábado com seus conselheiros de Segurança Nacional a resposta de seu governo a um possível uso de armas químicas pelo regime sírio, e ordenou aos serviços de Inteligência "coletar fatos e provas para determinar o que aconteceu na Síria".
"Assim que tivermos verificado os fatos, o presidente tomará uma decisão sobre a forma de responder", assinalou um alto funcionário, que pediu para não ser identificado.
"Temos uma série de possíveis opções e vamos analisar tudo para tomar decisões coerentes com nossos interesses nacionais, assim como com nossa avaliação do que pode fazer progredir a situação na Síria", acrescentou o funcionário.
Ao contrário de seus aliados europeus, o governo americano mantém uma postura extremamente prudente em relação as acusações da oposição síria.
Na sexta-feira (23) , o secretário americano da Defesa, Chuck Hagel, revelou que o Pentágono está mobilizando forças militares para oferecer a Obama opções caso decida intervir na Síria.
"O presidente solicitou opções ao departamento de Defesa. Como sempre, o departamento de Defesa está preparado para proporcionar todas as opções para todas as contingências ao presidente dos Estados Unidos", destacou Hagel.
Segundo um funcionário do Pentágono, a Marinha americana manteve no Mediterrâneo um quarto destróier equipado com mísseis de cruzeiro, o USS Mahan, que permanecerá na VI Frota e não retornará ao porto de Norfolk.
A princípio, o USS Mahan seria substituído pelo USS Ramage na VI Frota, que agora terá quatro destróiers - Gravely, Barry, Mahan e Ramage - equipados com dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk.
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