Ofensiva de Israel contra Faixa de Gaza deixa 186 mortos

Em Gaza

Os ataques aéreos israelenses contra a Faixa de Gaza deixaram 186 mortos e 1.287 feridos em uma semana, de acordo com o último balanço de vítimas fornecido pelos serviços de emergência, superando o registrado durante a ofensiva de novembro de 2012.

Nesta segunda-feira, ao menos 12 palestinos, incluindo duas crianças, foram mortos nos ataques e um homem e uma mulher morreram em decorrência de ferimentos sofridos no domingo.

Este conflito já é mais letal do que a ofensiva de novembro de 2012, que também teve como objetivo impedir os disparos de foguetes a partir de Gaza: 177 palestinos e seis israelenses foram mortos em uma semana.

Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza

Nesta segunda-feira (14), um jovem de 17 anos morreu ao ser atingido por um míssil na cidade de Khan Yunis (sul), segundo o porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra.

Na mesma área, um homem de 37 anos morreu quando um míssil caiu perto de um grupo de pessoas.

Um ataque contra uma casa em Deir al-Balah (centro) matou um homem de 60 anos, e outros dois foram mortos em ataques separados no enclave palestino.

Os últimos ataques aéreos visaram o sul do território e deixaram três mortos, incluindo uma criança de 4 anos em Rafah, segundo Al-Qudra. As outras duas vítimas morreram em Khan Yunes.

O Centro Palestino para os Direitos Humanos (PCHR), com sede em Gaza, anunciou no domingo que mais de 75% das vítimas eram civis.

Além disso, a Agência da ONU para Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA) ressaltou nesta segunda a grande quantidade de crianças entre as vítimas.

"Tudo indica, o que é dramático, que as mulheres e as crianças representam a grande maioria das vítimas dos bombardeios aéreos. Atualmente, um quarto das mortes é de crianças", lamentou em Gaza o diretor da UNRWA, Pierre Krahenbuhl.

Desde o início da operação, quatro israelenses foram feridos pelos foguetes disparados pelo Hamas, mas nenhuma pessoa foi morta.

Conheça os pontos da negociação entre Israel e palestinos
  • Reprodução/BBC
    Estado palestino
    Os palestinos querem um Estado plenamente soberano e independente na Cisjordânia e na faixa de Gaza, com a capital em Jerusalém Oriental. Israel quer um Estado palestino desmilitarizado, presença militar no Vale da Cisjordânia da Jordânia e manutenção do controle de seu espaço aéreo e das fronteiras exteriores
  • Mohamad Torokman/Reuters
    Fronteiras e assentamentos judeus
    Os palestinos querem que Israel saia dos territórios que ocupou após a Guerra dos Seis Dias (1967) e desmantele por completo os assentamentos judeus que avançam a fronteira, considerados ilegais pela ONU. Qualquer área dada a Israel seria recompensada. Israel descarta voltar às fronteiras anteriores a 1967, mas aceita deixar partes da Cisjordânia se puder anexar os maiores assentamentos.
  • Cindy Wilk/UOL
    Jerusalém
    Israel anexou a área árabe da Jordânia após 1967 e não aceita a dividir Jerusalém por considerar o local o centro político e religioso da população judia. Já os palestinos querem o leste de Jerusalém como capital do futuro Estado da Palestina. O leste de Jerusalém é considerado um dos lugares sagrados do Islã. A comunidade não reconhece a anexação feita por Israel.
  • Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos
    Refugiados
    Há cerca de 5 milhões de refugiados palestinos, a maioria deles descendentes dos 760 mil palestinos que foram expulsos de suas terras na criação do Estado de Israel, em 1948. Os palestinos exigem que Israel reconheça seu "direito ao retorno", o que Israel rejeita por temer a destruição do Estado de Israel pela demografia. Já Israel quer que os palestinos reconheçam seu Estado.
  • Mahfouz Abu / EFE
    Segurança
    Israel teme que um Estado palestino caia nas mãos do grupo extremista Hamas e seja usado para atacar os judeus. Por isso, insiste em manter medidas de segurança no vale do rio Jordão e pedem que o Estado palestino seja amplamente desmilitarizado. Já os palestinos querem que seu Estado tenha o máximo de atributos de um Estado comum.
  • Abbas Momani/AFP
    Água
    Israel controla a maioria das fontes subterrâneas da Cisjordânia. Os palestinos querem uma distribuição mais igualitária do recurso.

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