EI destrói prisão de Palmira e regime sírio executa massacre em Aleppo
Alepo, Síria, 30 Mai 2015 (AFP) - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) dinamitou a prisão de Palmira, um dos símbolos da repressão do regime sírio que, segundo uma ONG, executou neste sábado um novo massacre na província de Aleppo, com bombardeios que mataram 71 civis.
No vizinho Iraque, as forças governamentais avançaram para Ramadi, tentando isolar os radicais do EI nesta cidade a oeste do país, antes de atacar.
No centro da Síria, o EI destruiu a tristemente famosa prisão de Palmira, uma das mais temidas do país. Este grande centro penitenciário, situado em pleno deserto, e cuja simples menção aterroriza os sírios, "foi destruído em grande parte depois que o EI pôs bombas em seu interior e nos arredores", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres.
A cidade histórica, famosa por suas ruínas, foi tomada há dez dias pelos jihadistas.
Símbolo do terrorSimpatizantes do EI publicaram no Twitter várias imagens da suposta destruição, com fotos da explosão e de edifícios destruídos.
"O EI apaga uma prova dos crimes do clã dos Assad, fazendo explodir a célebre prisão de Palmira", tuitou Mohamad Sarmin, opositor sírio no exílio.
Outros afirmavam que era preciso preservar esse "símbolo do terror dos Assad", com tudo o que poderia servir de evidência das atrocidades cometidas em seu interior.
A prisão de Palmira se tornou famosa pelo massacre de centenas de presos nos anos 1980, na época de Hafez al Assad, pai do atual presidente, embora a tortura tenha sido praticada durante anos.
Antes da queda de Palmira nas mãos do EI, o regime sírio transferiu os presos para outras penitenciárias do país.
Massacre em AleppoNa província de Aleppo, os bombardeios tiveram como alvo a cidade de Al-Bab, nas mãos do EI, e o bairro de Al-Shaar, sob controle dos rebeldes sírios, destacou o OSDH.
"O balanço alcança 71 civis mortos, 59 em Al-Bab e 12 em Aleppo", segundo esta fonte.
"Trata-se de um dos maiores massacres cometidos pela aviação do exército sírio desde o início do ano", denunciou a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS), uma rede de militantes que cobre a guerra na Síria desde 2011.
Um membro da defesa civil, Shuhud Hussein, afirmou à AFP que os bombardeios "provocaram grandes danos. Os edifícios situados no setor, muitas vezes alvo dos bombardeios, podem desabar".
A utilização pelo regime de bombas de barril foi denunciada regularmente pelas organizações de direitos humanos por ser uma arma particularmente destrutiva que mata de maneira indiscriminada.
O regime começou a atacar Aleppo com estas bombas em 2013. Elas são fabricadas a partir de grandes barris de óleo, cilindros de gás ou tanques de água que são esvaziados e preenchidos com explosivos e sucata.
A cidade de Aleppo está dividida desde 2012 entre o leste, nas mãos dos insurgentes, e o oeste, controlado pelo regime.
Na província de mesmo nome, o regime só controla alguns setores ao sul e a sudeste da capital, enquanto o resto está nas mãos dos rebeldes e do EI.
O conflito sírio começou em março de 2011 com manifestações pacíficas contra o regime do presidente Bashar al-Assad, e se converteu posteriormente em uma complexa guerra civil com a intervenção de grupos jihadistas, Al-Qaeda e EI, principalmente.
Mais de 220.000 pessoas morreram na guerra na Síria, segundo o OSDH, enquanto vários milhares foram obrigados a fugir.
O regime registrou muitas derrotas nos últimos meses. Na quinta-feira abandonou a província de Idleb (noroeste) em benefício da Al-Qaeda e de seus aliados.
Segundo o OSDH, o EI controla a metade do território sírio, principalmente as regiões do norte e do leste, e aumentou seu poder no centro.
Avanço rumo a RamadiNo Iraque, na província de Al Anbar, na fronteira com a Síria, forças federais ajudadas pelas milícias xiitas, que realizam um contra-ataque, retomara um setor a oeste de Ramadi, a capital da província conquistada em 17 de maio pelo Estado Islâmico, informaram comandantes militares.
As forças "libertaram a sede da polícia rodoviária" que estava sendo utilizada como base pelo EI, informou um oficial, enquanto o chefe da polícia da província, Hadi Rzayej, assegurou que o cerco estava fechando ao redor de Ramadi por vários flancos.
A tomada desta cidade por parte dos jihadistas, após a retirada caótica das forças do governo, representou um duro revés para o Iraque e seus aliados americanos, que mudaram sua estratégia inicial de criar uma força sunita para expulsar o EI.
O EI controla a maior parte da província sunita de Al Anbar, onde começou a conquistar territórios em janeiro de 2014, antes da ofensiva de julho, na qual se apoderou de grandes regiões no leste e no norte de Bagdá.
rd-ram/tp/jvb/jz/ma/mvv
No vizinho Iraque, as forças governamentais avançaram para Ramadi, tentando isolar os radicais do EI nesta cidade a oeste do país, antes de atacar.
No centro da Síria, o EI destruiu a tristemente famosa prisão de Palmira, uma das mais temidas do país. Este grande centro penitenciário, situado em pleno deserto, e cuja simples menção aterroriza os sírios, "foi destruído em grande parte depois que o EI pôs bombas em seu interior e nos arredores", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres.
A cidade histórica, famosa por suas ruínas, foi tomada há dez dias pelos jihadistas.
Símbolo do terrorSimpatizantes do EI publicaram no Twitter várias imagens da suposta destruição, com fotos da explosão e de edifícios destruídos.
"O EI apaga uma prova dos crimes do clã dos Assad, fazendo explodir a célebre prisão de Palmira", tuitou Mohamad Sarmin, opositor sírio no exílio.
Outros afirmavam que era preciso preservar esse "símbolo do terror dos Assad", com tudo o que poderia servir de evidência das atrocidades cometidas em seu interior.
A prisão de Palmira se tornou famosa pelo massacre de centenas de presos nos anos 1980, na época de Hafez al Assad, pai do atual presidente, embora a tortura tenha sido praticada durante anos.
Antes da queda de Palmira nas mãos do EI, o regime sírio transferiu os presos para outras penitenciárias do país.
Massacre em AleppoNa província de Aleppo, os bombardeios tiveram como alvo a cidade de Al-Bab, nas mãos do EI, e o bairro de Al-Shaar, sob controle dos rebeldes sírios, destacou o OSDH.
"O balanço alcança 71 civis mortos, 59 em Al-Bab e 12 em Aleppo", segundo esta fonte.
"Trata-se de um dos maiores massacres cometidos pela aviação do exército sírio desde o início do ano", denunciou a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS), uma rede de militantes que cobre a guerra na Síria desde 2011.
Um membro da defesa civil, Shuhud Hussein, afirmou à AFP que os bombardeios "provocaram grandes danos. Os edifícios situados no setor, muitas vezes alvo dos bombardeios, podem desabar".
A utilização pelo regime de bombas de barril foi denunciada regularmente pelas organizações de direitos humanos por ser uma arma particularmente destrutiva que mata de maneira indiscriminada.
O regime começou a atacar Aleppo com estas bombas em 2013. Elas são fabricadas a partir de grandes barris de óleo, cilindros de gás ou tanques de água que são esvaziados e preenchidos com explosivos e sucata.
A cidade de Aleppo está dividida desde 2012 entre o leste, nas mãos dos insurgentes, e o oeste, controlado pelo regime.
Na província de mesmo nome, o regime só controla alguns setores ao sul e a sudeste da capital, enquanto o resto está nas mãos dos rebeldes e do EI.
O conflito sírio começou em março de 2011 com manifestações pacíficas contra o regime do presidente Bashar al-Assad, e se converteu posteriormente em uma complexa guerra civil com a intervenção de grupos jihadistas, Al-Qaeda e EI, principalmente.
Mais de 220.000 pessoas morreram na guerra na Síria, segundo o OSDH, enquanto vários milhares foram obrigados a fugir.
O regime registrou muitas derrotas nos últimos meses. Na quinta-feira abandonou a província de Idleb (noroeste) em benefício da Al-Qaeda e de seus aliados.
Segundo o OSDH, o EI controla a metade do território sírio, principalmente as regiões do norte e do leste, e aumentou seu poder no centro.
Avanço rumo a RamadiNo Iraque, na província de Al Anbar, na fronteira com a Síria, forças federais ajudadas pelas milícias xiitas, que realizam um contra-ataque, retomara um setor a oeste de Ramadi, a capital da província conquistada em 17 de maio pelo Estado Islâmico, informaram comandantes militares.
As forças "libertaram a sede da polícia rodoviária" que estava sendo utilizada como base pelo EI, informou um oficial, enquanto o chefe da polícia da província, Hadi Rzayej, assegurou que o cerco estava fechando ao redor de Ramadi por vários flancos.
A tomada desta cidade por parte dos jihadistas, após a retirada caótica das forças do governo, representou um duro revés para o Iraque e seus aliados americanos, que mudaram sua estratégia inicial de criar uma força sunita para expulsar o EI.
O EI controla a maior parte da província sunita de Al Anbar, onde começou a conquistar territórios em janeiro de 2014, antes da ofensiva de julho, na qual se apoderou de grandes regiões no leste e no norte de Bagdá.
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