EUA: Donald Trump lidera pesquisa das primárias republicanas

Em Washington

  • John Locher/AP

Envolvido em polêmicas por criticar os imigrantes mexicanos que chegam ilegalmente aos EUA e por desqualificar o heroísmo do veterano de guerra e senador John McCain, Donald Trump firmou sua liderança na briga pela indicação republicana para concorrer à Casa Branca --revela pesquisa divulgada nesta segunda-feira (20).

O magnata do setor imobiliário aparece com 24% das preferências dos eleitores de seu partido consultados pela enquete do jornal "The Washington Post" em parceria com a emissora de televisão ABC News.

Este é o mais alto índice de apoio a um candidato este ano, bastante à frente de seus rivais mais próximos: Scott Walker (13%) e Jeb Bush (12%).

De acordo com o "Post", a maioria foi entrevistada antes das declarações contra McCain, dadas por Trump no sábado, quando questionou o status de "herói" militar de seu correligionário.

O jornal acrescenta que a popularidade do magnata despencou entre as pessoas que responderam a enquete depois do incidente.

McCain, de 78 anos, era piloto durante a guerra do Vietnã. Em outubro de 1967, seu avião foi atingido por um míssil, e ele precisou ejetar. Ferido e capturado em Hanói, permaneceu cinco anos e meio em cativeiro, onde foi torturado. Já Donald Trump, de 69, evitou a guerra, ao obter múltiplos adiamentos de alistamento, de acordo com documentos publicados pela imprensa em 2011.

Hoje, McCain rebateu o ataque de Trump, afirmando que foram as famílias dos soldados que mais se sentiram feridas por seus comentários.

"Não sou um herói", declarou o senador à rede americana MSNBC. "Mas, provavelmente, ele deva se desculpar com as famílias de todos os que tanto sacrificaram nos conflitos e daqueles que tiveram de sofrer com a prisão a serviço de seu país", acrescentou, com a voz embargada.

O combate verbal entre os dois republicanos começou quando McCain acusou Trump de estimular os "psicopatas", ao comparar os imigrantes mexicanos em situação clandestina a criminosos.

Em um país que venera seus soldados, atacar um ex-combatente prisioneiro de guerra e torturado é considerado uma falta bastante grave. Vários republicanos condenaram imediatamente as declarações de Trump.

Desde sábado, o milionário tenta fazer uma contenção de danos.

"Falamos de John McCain, está bem, é um homem muito corajoso e tudo isso, mas não falamos dos que não foram capturados. Era disso que eu estava tentando falar", argumentou.

Até o momento, 15 pré-candidatos disputam a vaga do partido para corrida à presidência em 2016.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos