Legisladores americanos apoiam ataque à Síria, mas pedem estratégia
Vários legisladores republicanos e democratas apoiaram nesta quinta-feira (6) a decisão do presidente Donald Trump de bombardear uma base aérea do regime sírio em resposta ao ataque com armas químicas contra civis na Síria, mas pediram ao presidente que esclareça sua estratégia militar.
Este ataque "foi apropriado e justo", declarou o presidente da Câmara de Representantes, o republicano Paul Ryan.
"Estes ataques aéreos táticos demonstram que o regime de Assad não pode contar com nossa falta de ação quando comete atrocidades contra o povo sírio."
O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, declarou que "fazer Assad pagar um preço quando comete atrocidades como estas é algo bom". "Mas a administração Trump deve adotar uma estratégia e consultar o Congresso antes de realizar" tais ações.
O senador republicano John McCain, partidário há anos de uma intervenção americana na Síria, celebrou o ataque como "uma primeira etapa crível", mas defendeu a adoção de uma nova estratégia que permita acabar com o conflito sírio.
"A primeira medida de uma estratégia deve ser colocar a Força Aérea de Assad (...) totalmente fora de combate", disse o ex-candidato à presidência.
Já o senador democrata Chris Coona manifestou sua preocupação por ver os Estados Unidos atacar diretamente o regime sírio sem uma estratégia real.
Chris Coona avaliou que "as ações decididas pelo presidente provocam mais perguntas do que respostas".
O senador republicano Rand Paul questionou o ataque sem a autorização do Congresso. "Apesar de condenarmos as atrocidades na Síria, os Estados Unidos não foram atacados. O presidente deve obter autorização do Congresso para realizar qualquer ação militar, como determina a Constituição".
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o ataque norte-americano destruiu a base aérea de Shayrat, na província de Homs, e deixou quatro militares mortos, entre eles, um general.
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