Papa pede a bispos venezuelanos que ajudem o povo que sofre
Roma, 11 Set 2018 (AFP) - O papa Francisco pediu à Igreja venezuelana que continue ajudando "as pessoas que sofrem", particularmente aqueles que emigram, no final de uma reunião no Vaticano com os 42 bispos desse país atingido por uma grave crise social e econômica.
"A palavra que levamos do papa no coração é a de manter a proximidade com os que mais sofrem (...) e ativar nossas dioceses para atender às necessidades", assegurou à imprensa o monsenhor José Luis Azuaje, presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), ao fim da reunião.
O papa conversou por quase duas horas com os bispos venezuelanos que realizaram, após nove anos, a tradicional visita "ad limina" ao pontífice e ao Vaticano.
No encontro, Francisco os convidou a "se desprender das próprias categorias" e a trabalhar "para o futuro", declarou.
O monsenhor Azuaje, que em julho denunciou a "ideologia perversa" do governo socialista de Nicolás Maduro, que deixou crianças e idosos desnutridos, gerou uma hiperinflação e várias ondas de pessoas obrigadas a deixar o país, evitou usar esses termos com a imprensa em Roma.
"Podemos estar ou não de acordo com o sistema político, o importante para nós é proteger a liberdade do povo venezuelano, promover a sua dignidade e defender os direitos humanos", reconheceu Azuaje, arcebispo de Maracaibo.
Em um tuíte, a CEV resumiu o tom da visita: "Eu sei que vocês estão próximos ao seu povo e peço que não se cansem dessa proximidade... E obrigado pela resistência. Papa Francisco aos bispos da Venezuela", escreveu.
Em várias ocasiões, o papa Francisco tentou mediar, sem sucesso, a crise desse país e, em abril, durante a bênção da Semana Santa, desejou uma saída "justa, pacífica e humana" à grave situação política e humanitária.
"O papa nos animou a continuar trabalhando sobre a emigração (...) a tocar o sofrimento", disse o bispo, ao se referir ao deslocamento de milhões de venezuelanos e à situação de desnutrição de cerca de 250 mil crianças, que correm o risco de morrer de fome, afirmou.
O bispo esclareceu que a Igreja venezuelana não está envolvida com a visita ao pontífice, no sábado, no Vaticano do presidente do opositor Parlamento da Venezuela, Omar Barboza, que veio pedir a ele que intercedesse pela libertação dos "presos políticos" e pelo "restabelecimento da democracia" no país petroleiro.
"Não tem nada a ver com a nossa presença" em Roma, afirmou Azuaje.
Em agosto, a Igreja venezuelana denunciou a repressão, a espiral de violência, a quebra da dissidência após o atentado sofrido por Maduro e pediu o respeito dos privados de liberdade.
Entre os participantes destacavam-se bispos de todas as regiões, assim como os cardeais Baltazar Porras e Jorge Urosa Savino.
"A palavra que levamos do papa no coração é a de manter a proximidade com os que mais sofrem (...) e ativar nossas dioceses para atender às necessidades", assegurou à imprensa o monsenhor José Luis Azuaje, presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), ao fim da reunião.
O papa conversou por quase duas horas com os bispos venezuelanos que realizaram, após nove anos, a tradicional visita "ad limina" ao pontífice e ao Vaticano.
No encontro, Francisco os convidou a "se desprender das próprias categorias" e a trabalhar "para o futuro", declarou.
O monsenhor Azuaje, que em julho denunciou a "ideologia perversa" do governo socialista de Nicolás Maduro, que deixou crianças e idosos desnutridos, gerou uma hiperinflação e várias ondas de pessoas obrigadas a deixar o país, evitou usar esses termos com a imprensa em Roma.
"Podemos estar ou não de acordo com o sistema político, o importante para nós é proteger a liberdade do povo venezuelano, promover a sua dignidade e defender os direitos humanos", reconheceu Azuaje, arcebispo de Maracaibo.
Em um tuíte, a CEV resumiu o tom da visita: "Eu sei que vocês estão próximos ao seu povo e peço que não se cansem dessa proximidade... E obrigado pela resistência. Papa Francisco aos bispos da Venezuela", escreveu.
Em várias ocasiões, o papa Francisco tentou mediar, sem sucesso, a crise desse país e, em abril, durante a bênção da Semana Santa, desejou uma saída "justa, pacífica e humana" à grave situação política e humanitária.
"O papa nos animou a continuar trabalhando sobre a emigração (...) a tocar o sofrimento", disse o bispo, ao se referir ao deslocamento de milhões de venezuelanos e à situação de desnutrição de cerca de 250 mil crianças, que correm o risco de morrer de fome, afirmou.
O bispo esclareceu que a Igreja venezuelana não está envolvida com a visita ao pontífice, no sábado, no Vaticano do presidente do opositor Parlamento da Venezuela, Omar Barboza, que veio pedir a ele que intercedesse pela libertação dos "presos políticos" e pelo "restabelecimento da democracia" no país petroleiro.
"Não tem nada a ver com a nossa presença" em Roma, afirmou Azuaje.
Em agosto, a Igreja venezuelana denunciou a repressão, a espiral de violência, a quebra da dissidência após o atentado sofrido por Maduro e pediu o respeito dos privados de liberdade.
Entre os participantes destacavam-se bispos de todas as regiões, assim como os cardeais Baltazar Porras e Jorge Urosa Savino.
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