Topo

Guaidó pede mais sanções da Europa contra o governo de Maduro

23.jan.2019 - O chefe da Assembléia Nacional da Venezuela, Juan Guaido, acena para a multidão durante uma manifestação de massas contra o líder Nicolas Maduro, em que ele se declarou o "presidente interino" do país em 23 de janeiro de 2019, em Caracas - Federico PARRA / AFP
23.jan.2019 - O chefe da Assembléia Nacional da Venezuela, Juan Guaido, acena para a multidão durante uma manifestação de massas contra o líder Nicolas Maduro, em que ele se declarou o "presidente interino" do país em 23 de janeiro de 2019, em Caracas Imagem: Federico PARRA / AFP

07/03/2019 06h08

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, fez um apelo para que a Europa intensifique as sanções financeiras contra o governo de Nicolás Maduro, em uma entrevista ao jornal alemão Spiegel.

Juan Guaidó condenou com veemência a decisão do governo venezuelano de expulsar o embaixador da Alemanha em Caracas.

"Os países europeus devem reforçar as sanções financeiras contra o regime. A comunidade internacional deve impedir que o dinheiro dos venezuelanos seja mal utilizado para assassinar os opositores e os povos autóctones", declarou Guaidó.

"A Venezuela vive sob uma ditadura e esta maneira de proceder constitui uma ameaça para a Alemanha. Maduro ocupa ilegalmente a presidência", disse o presidente autoproclamado, reconhecido por 50 países, incluindo Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Alemanha, Reino Unido, França e Espanha.

"Maduro não tem legitimidade para declarar um embaixador indesejável", afirmou Guaidó, que agradeceu a Alemanha pela ajuda humanitária.

"O regime não apenas ameaça verbalmente o embaixador, mas também sua integridade física", completou.

O embaixador alemão Daniel Kriener foi declarado persona non grata pelo governo venezuelano, que o acusa de "ingerência nos assuntos internos".

A Alemanha condenou a expulsão, que considera "incompreensível", além de "agravar situação e não contribuir para a distensão".