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Jornalista americano detido na Venezuela é libertado

O jornalista Cody Weddle da emissora "local 10" de Miami - Reprodução/Facebook/Cody Weddle
O jornalista Cody Weddle da emissora "local 10" de Miami Imagem: Reprodução/Facebook/Cody Weddle

06/03/2019 22h41

A emissora de televisão "Local 10", de Miami (Flórida, Estados Unidos), confirmou ontem a libertação do jornalista Cody Weddle, colaborador do canal, supostamente detido pela contrainteligência militar da Venezuela.

Weedle já se encontra no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, que serve Caracas, à espera de entrar em um avião para regressar aos Estados Unidos, segundo afirmou a emissora.

Funcionários do governo venezuelano tinham libertado anteriormente, nesta mesma tarde, o venezuelano Carlos Camacho, assistente do repórter americano.

Juan Guaidó, líder do parlamento venezuelano que se autoproclamou presidente em exercício do seu país e é reconhecido por vários governos, entre eles o dos Estados Unidos, tinha exigido a libertação de Weddle, cuja detenção tachou de "sequestro", segundo acrescentou a emissora.

Agentes do serviço de inteligência venezuelano entraram pela manhã no apartamento de Weddle em Caracas e lhe levaram junto com Camacho à sede da Direção Geral de Contrainteligência Militar (Dgcim), onde foram interrogados.

A "Local 10" afirmou que tinha tentado localizar Weddle sem sucesso desde então e que recebeu relatos não confirmados de que oficiais venezuelanos chegaram na primeira desta quarta-feira na casa do repórter e o levaram.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, havia pedido hoje a libertação "imediata" de Weddle.

Além disso, o Departamento de Estado dos EUA também havia solicitado ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que libertasse o jornalista americano de maneira "imediata".

Weddle, jornalista independente, vive em Caracas desde 2014 e colabora com a emissora em inglês "Local 10", informando sobre a crise política na Venezuela. Camacho, seu ajudante, é de nacionalidade venezuelana, segundo indicou a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), com sede em Miami.

Mais de uma dúzia de jornalistas de França, Chile, Colômbia e Estados Unidos foram detidos e alguns expulsos da Venezuela nas últimas semanas.